Domingo do Bom Pastor é ocasião para refletir sobre as vocações. Hoje e amanhã realizam-se vigílias de oração na diocese, em Ponta Delgada (Igreja da Covoada) e na Igreja de Santa Luzia, em Angra
A Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios defende que as experiências da pandemia e da guerra no leste da Europa tornam as vocações religiosas um chamamento aos dispostos a agir em favor dos que “dos que anseiam pela paz”.
“No contexto atual, entre as experiências da pandemia e da guerra, as vocações podem ser contempladas como dons ativos de Deus, que requerem o acolhimento (com)passivo de pessoas que estejam dispostas a deixarem-se transformar pela bondade com que o próprio Deus quer destinar-lhes e, a partir delas, ‘aspergi-la’ por gestos concretos em favor dos que fogem da ansiedade que rouba o sentido de viver e dos anseiam pela paz”, escreve a Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios (CEVM), presidida pelo bispo de Vila Real, António Augusto Azevedo, numa mensagem para a Semana das Vocações, que culmina no domingo com o 59.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
Para este órgão da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), “nesta hora de tremenda mudança, o verbo da missão ─ envio a ajudar ─ conjuga-se com o verbo da vocação ─ chamar os que ainda não encontraram o seu sentido não em ideias abstratas, mas em ações concretas de bem para a humanidade”.
A atual situação de conflito na Europa está também presente na mensagem do Papa para o Dia Mundial das Vocações, intitulada “Chamados para construir a família humana”, em que Francisco evoca os “ventos gélidos da guerra e da opressão”, exortando ao cumprimento da vocação de ser “guardião” do próximo e da natureza, construindo “laços de concórdia e partilha” que abram caminho a “uma grande família humana unida no amor”.
“Sentimos urgente necessidade de caminhar juntos cultivando as dimensões da escuta, participação e partilha”, escreve o pontífice, acrescentando o desejo de ver “todos os homens e mulheres de boa vontade” envolvidos na construção de uma “família humana, curar as suas feridas e projetá-la para um futuro melhor”.
“Vamos ter vigilias de oração, participações na catequese e nas aulas de Educação Moral e Religiosa Católica. O objetivo é que os mais novos despertem para este tema”, refere o responsável pela pastoral vocacional na diocese de Angra, padre Hélder Miranda Alexandre.
“Não estão em causa apenas as vocações sacerdotais, mas todas as vocações e todas as formas de vida consagrada”, esclarece.
Na ilha Terceira haverá um workshop vocacional na Igreja da Santa Luzia, em Angra, com trabalhos específicos para os mais novos, com a colaboração das congregações religiosas presentes na ilha. À noite, às 21h00, haverá uma vigília de oração pelas vocações.
“Queremos que todos participem e que cada um na sua paróquia possa ser criativo. Uma paróquia que não tem vocações, quaisquer que eles sejam, dificilmente se renovará” acrescenta.
Os seminaristas estarão presentes nas diferentes paróquias da ilha a animar as catequeses e grupos de jovens. Já este fim-de-semana, haverá um retiro com um grupo de jovens.
Em Ponta Delgada, a pastoral juvenil fará uma vigília de oração na Igreja da Covoada, a 6 de maio, pelas 20h30.
(Com Lusa)