Comissão Episcopal da Familia e Laicado destaca que as mães “são verdadeiras beneméritas da Sociedade”
A Comissão Episcopal do Laicado e Família escreveu uma mensagem para o Dia da Mãe, este ano assinalado a 3 de maio, referindo a importância de celebrar a maternidade.
“Recordar e celebrar o Dia da Mãe, faz-nos bem a todos. Voltar a ser filho renova a nossa Fraternidade”, inicia a mensagem para o Dia da Mãe que hoje se celebra neste Domingo do Bom Pastor.
O texto sublinha “gratidão a beleza do Amor de Mãe” e a dedicação da vida ao “acolhimento amoroso de seus filhos, à sua educação integral, ao acompanhamento ao longo das diversas etapas da vida, por toda a vida e com todas as capacidades da sua vida”.
O dom, como entrega de si, é um dos principais atributos do amor de Mãe.
É assim que Elisa Pimentel e Ermelinda Nóia entendem a sua maternidade. Sobretudo quando falam dos filhos.
Elisa Pimentel é mãe de três sacerdotes; Ermelinda Nóia de um, filho único.
“Foi doloroso, mas foi uma dor boa” confessou ao Igreja Açores a propósito da escolha do filho. “Não é a mesma coisa, porque ele já não é só meu, mas estou muito feliz por ele, porque ele está feliz”.
Ficou viúva cedo de mais, ainda o único filho ( o padre Jacob Vasconcelos) era criança. Quando decidiu ir para o Seminário tinha 15 anos. Mudou de ilha, das Flores para a Terceira.
“Fui levá-lo porque era muito novo. Quando o deixei sofri muito mas Nosso Senhor ajudou”, recorda salientando que desde cedo percebeu que este era o rumo do filho.
“Mas também sempre lhe disse: antes ter um bom filho que um mau sacerdote. Se quiseres desistir, voltas para casa”, lembra. Mas hoje diz que está muito feliz.
“Sempre o procurei acompanhar e ele tem sempre uma palavra de conforto para a sua mãe”.
De outra geração e com dez filhos, Elisa Pimentel recorda o período entre os anos de 1974 e 1975. Em dez meses teve três filhos. Hoje são padres. Foram ordenados os três no mesmo ano.
“Aquilo é que foi uma festa. Diziam a Elisa e o Manuel com três filhos padres. Que graça de Deus e é verdade! Sinto muito orgulho em ser mãe de três padres”, adiantou ao Igreja Açores.
“Sempre soube que eles tinham uma história e a história era este: os três serem sacerdotes. Quando nasceram, com diferença de dez meses, eu pensei isto vai ser muito trabalho. Mas aqui há uma história. Era esta”.
Os padres Adriano, Paulo e José (os dois últimos gémeos) foram ordenados em 2000.
“Sinto muito orgulho neles. É uma bênção”, sublinha.
A Comissão Episcopal Laicado e Família refere que celebrar este dia é “apoiar todas as mulheres” que escolhem ser mães e “apoiar e proteger o dom da maternidade”.
“Proclamar com o nosso compromisso, que as Mães são verdadeiras beneméritas da sociedade, pois sabem transmitir em todos os momentos, mesmo nos piores, a ternura, a beleza do perdão e a força da coragem”, afirma a nota.
A mensagem faz o pedido de recordar as mães que são maltratadas, “vítimas de violência doméstica” e todas as “mães não apoiadas nem compreendidas”.
Neste tempo de isolamento social, devido à pandemia de Covid-19, a Comissão Episcopal refere ainda que é necessário “aprender com as mães o valor da vida” e perceber “como é bela a cultura da defesa da vida”.