Dedicação da Igreja de São Salvador foi há 215 anos

Foto: Cartas com peça em destaque na Igreja da Sé, em Angra do Heroísmo

Catedral assinala a data com divulgação do seu património

A Igreja de São Salvador, catedral diocesana, foi dedicada há 215 anos, no dia 16 de outubro de 1808 e para assinalar a efeméride, a Sé prossegue a acção de divulgação do seu património, não só peças do seu tesouro mas peças que tenham conteúdo pastoral.

A peça em destaque, este mês, é a cruz e o castiçal que, de acordo com o Pontifical Romano, são esculpidos nas paredes de uma igreja aquando da sua dedicação.

“No Rito da Dedicação de uma Igreja é louvável o costume de colocar cruzes de pedra ou de bronze ou de outra matéria apropriada ou de as esculpir nas próprias paredes da igreja”, quantas conforme o número de unções, e “distribuídas, da melhor maneira, nas paredes da igreja, a uma altura conveniente”. Em seu complemento, “debaixo de cada cruz” deve preparar-se “um pequeno suporte, no qual se possa colocar um castiçal pequeno com uma vela que virá a acender-se”, refere um cartaz enviado ao Igreja Açores pela paróquia da Sé a explicar a razão pela qual se escolheu esta peça para peça do mês e assim assinalar, também, a efeméride.

A Sé de Angra conta com 11 exemplares de cada. As cruzes, páteas, em relevo, são de pedra pintada, e os castiçais de parede, em bronze, apresentam braço contracurvado, no qual assenta arandela circular e bocal cilíndrico.

“Dedicado a São Salvador, foi iniciada a construção de um modesto templo em 1461. Em 1486, essa igreja estava concluída em condições de se tornar sede de paróquia e receber um vigário, sendo apresentado Frei Luís Enes, quando as ilhas açorianas estavam sob a jurisdição da Ordem de Cristo” refere a página on-line da Sé de Angra.

“Em 1568, o Cardeal Dom Henrique, na qualidade de regente, mandou construir a Sé como despesa da Fazenda Real. A primeira pedra foi lançada a 18 de novembro 1570, tendo-se prolongado as obras por cerca de 50 anos” prossegue.

O sismo de 1 de janeiro de 1980 causou-lhe graves danos; durante a reconstrução, a 5 de julho de 1983, deu-se a derrocada de uma das torres e do frontispício; a 25 de setembro desse ano, um incêndio destruiu por completo o património escultórico integrado.

Hoje, o edifício está classificado como monumento regional, integrando a Zona Classificada de Angra, como património da humanidade. Foi reaberto ao culto a 3 de novembro de 1985.

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