Entrada solene está marcada para dia 17 de fevereiro às 16h00 na Catedral do Funchal
O Papa nomeou hoje D. Nuno Brás, até agora bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa, como novo bispo da Diocese do Funchal.
Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Nunciatura Apostólica em Portugal destaca também a decisão de Francisco em aceitar a resignação de D. António Carrilho, o até agora bispo madeirense, por ter atingido o limite de idade determinado pelo Direito Canónico.
Numa primeira mensagem à Diocese do Funchal, D. Nuno Brás, de 55 anos, saúda “as muitas comunidades” do arquipélago madeirense que, “na região ou no estrangeiro, louvam o Senhor e procuram viver o Evangelho”.
Uma diocese que “celebrou há pouco 500 anos de existência”, e uma comunidade católica “marcada pela maturidade da fé e pela missão”, que subsiste hoje como “o primeiro fruto eclesial da expansão atlântica portuguesa”, realça aquele responsável.
O bispo nomeado para a Diocese do Funchal deixa uma palavra de “especial gratidão” aos dois anteriores responsáveis pelas comunidades católicas da Madeira: D. António Carrilho, que serve este território desde 2007, e D. Teodoro de Faria, que ali trabalhou durante 25 anos, entre 1982 e 2007.
“Estou ligado a D. António Carrilho e a D. Teodoro de Faria com laços de sincera amizade”, destaca D. Nuno Brás.
O bispo nomeado para a Diocese do Funchal, cuja entrada solene está marcada para dia 17 de fevereiro a partir das 16h00, na Sé local, expressa a sua proximidade “a todos os sacerdotes que servem a diocese, bem como aos membros das famílias religiosas que, na Madeira, dão testemunho de uma total consagração a Jesus” e a “todas as autoridades civis e militares, em particular aqueles que foram eleitos pelos madeirenses como seus legítimos representantes”.
“Agora cabe-nos a nós a missão de sermos testemunhas da vida nova que Jesus oferece sempre e a todos. É dessa vida que o bispo deve ser a primeira testemunha. É dessa vida nova – o Evangelho – que quero dar testemunho, enquanto Deus me der forças e saúde. Sempre e em toda a parte”, diz D. Nuno Brás.
O prelado confia o seu novo ministério à intercessão de Nossa Senhora do Monte e do Apóstolo São Tiago Menor, padroeiros da Diocese do Funchal, e do Beato Carlos de Áustria.
Nuno Brás nasceu no dia 12 de maio de 1963, é natural do Vimeiro, do Concelho da Lourinhã e frequentou os Seminários Maiores do Patriarcado de Lisboa (Almada e Olivais), entre os anos 1980 e 1987, tendo sido ordenado sacerdote, pelo Cardeal-Patriarca D. António Ribeiro, a 4 de julho de 1987.
No seu percurso pastoral, o até agora bispo auxiliar de Lisboa, também diplomado em Comunicação Social, foi vigário na Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos, em Lisboa; trabalhou como redator, editor e diretor do Jornal Voz da Verdade, do Patriarcado de Lisboa; e assumiu o cargo de reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma.
Ao longo das últimas décadas, D. Nuno Brás destacou-se também enquanto formador e depois reitor no Seminário dos Olivais; como membro da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, da Igreja Católica em Portugal, e como membro da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé.
Desde março de 2018 é também coordenador da secção das Comunicações Sociais da Comissão para Evangelização e Cultura, um organismo integrado no Conselho das Conferências Episcopais da Europa.
(Com Ecclesia)