Prelado capuchinho presidiu às Festas de Nossa Senhora da Luz nos Flamengos, na ilha do Faial
D. Joaquim Ferreira Lopes, bispo emérito de Viana, em Angola, afirmou este domingo que a figura de Maria “ilumina” o povo de Deus ao longo da história da humanidade.
Na homilia da Missa solene da festa de Nossa Senhora da Luz, vivida no passado fim-de-semana na paróquia dos Flamengos, ilha do Faial, o prelado que residiu em Angola durante mais de meio século, lembrou a valorização que a Igreja faz de Maria, ao longo da sua história, com uma série de títulos honoríficos entre os quais se salienta o de Nossa Senhora da Luz.
“Este é um título muito sugestivo porque se liga ao mistério da maternidade de Maria, a Mãe do Redentor, o qual é o sol nascente que veio para iluminar os que jaziam nas trevas e na sombra da morte (…) Por outro lado, Maria é considerada a Estrela da Nova Evangelização, precisamente porque ela é quem nos apresenta Cristo que é o Sol que ilumina toda a humanidade no seu caminhar peregrinante até à consumação final” recordou D. Joaquim Ferreira Lopes.
“Ela é realmente o farol cuja luz abre o caminho aos peregrinos neste vale de lágrimas”, mas salienta, “não é a luz em si mesma, é a Senhora da Luz” porque a verdadeira luz “é Cristo”.
Na sua reflexão sobre o papel de Maria, o prelado capuchinho, realçou o papel de Maria na história da salvação, “ aderindo ao plano de Deus e transformando-se em dadora da luz e, Ela própria, fonte de luz que recebe do seu Filho, pelo lugar especialíssimo que ocupa em toda a economia da salvação”, esclareceu desafiando os presentes a imitar Maria no compromisso e na entrega.
O prelado terminou a homilia com duas preces: que todos vejam em Maria o caminho para Deus e que “Nossa Senhora da Luz ilumine toda a comunidade cristã desta Paróquia, toda a cidade da Horta e a Ilhe do Faial, assim como todo o nobre povo açoriano nestas nove ilhas e todos quando de cá partiram para a grande diáspora espalhada pelo mundo”.
As festas de Nossa Senhora da Luz, no Faial, foram presididas pelo bispo emérito de Viana, Angola, o português D. Joaquim Ferreira Lopes, que ingressou na Ordem dos Frades Capuchinhos, na qual professou em setembro de 1972. O prelado viveu mais de meio século em Angola onde era conhecido pela sua fluência linguística, sobretudo a língua russa que domina na perfeição, o que lhe terá facilitado a tarefa nos períodos mais quentes da presença soviética em Angola.
O religioso capuchinho foi vigário-geral da Arquidiocese de Luanda, responsável pela direção nacional das Obras Missionárias Pontifícias angolanas; a 9 de novembro de 2001 foi nomeado bispo da Diocese do Dundo, por João Paulo II, tendo recebido a ordenação episcopal a 3 de fevereiro de 2002, numa celebração presidida por D. Francisco de Mata Mourisca.
[NPG id=47610]