D. João Lavrador mantém-se como administrador até à entrada na nova diocese

O até hoje bispo titular da diocese de Angra foi nomeado pelo Papa bispo de Viana do Castelo

D. João Lavrador vai manter-se na diocese de Angra até à sua entrada na nova diocese para a qual foi nomeado hoje pelo Papa Francisco, apesar de neste período ficar com poderes mais limitados. O novo bispo de Viana do Castelo ficará como administrador diocesano, cargo que deixará quando entrar na diocese minhota. Nessa altura, o Colégio de Consultores deverá reunir-se para indicar o nome do administrador diocesano que irá gerir a diocese até á nomeação pelo Papa de um novo bispo residencial para os Açores.

“A minha partida já está determinada, depois haverá o processo próprio destas coisas. O que espero, esperamos todos, é que o tempo entre a minha saída e a nomeação de um novo bispo para Angra não seja muito longo”, afirma D. João Lavrador.

O processo de escolha, iniciado e conduzido pela nunciatura, a “embaixada” da Santa Sé no país, que em Portugal se situa em Lisboa, tem várias fases sendo as mais relevantes as que definem o perfil de um bispo para um determinado lugar e os desafios pastorais que deve equacionar. Surgem igualmente perguntas sobre nomes em concreto e a sua idoneidade para o cargo e só depois aparece uma lista final numerada com três nomes que são submetidos ao Papa. Neste processo de consulta são ouvidos, entre outros, padres e leigos da diocese em causa.

Esta tarde, em declarações aos jornalistas, D. João lavrador afirmou que parte “já com saudades” e embora não tenha tido “tempo de se cansar”, como era seu desejo, sai “com a consciência de que fiz tudo o que podia no tempo que me deram”.

“Quando cheguei e me fizeram a pergunta sobre como gostaria de ser recordado, lembro-me de ter dito que gostava de sair cansado e com a consciência tranquila de que tudo tinha dado e feito ao serviço da Igreja. Não estou cansado porque estou cá há pouco tempo mas procurei com simplicidade, servir o melhor que podia e sabia”, afirmou.

“Percorri a diocese; procurei comunicar o que sentia ser o dever da Igreja nestes tempos e sugerir o que deveria ser feito. Se alguma coisa fiz mal que me perdoem. Procurei construir uma  diocese mais participativa, destaco o trabalho com o Seminário e com as diferentes instituições, da cultura à economia, mas, sobretudo, procurei promover uma Igreja que coloca todas as comunidades em movimento”.

Quando foi nomeado bispo coadjutor de Angra também manifestou a sua surpresa pela nomeação, mas ao mesmo tempo grato e confiante.

Na altura expressava um desejo de ser “um cidadão açoriano”.

Confira aqui a primeira entrevista dada ao Sítio Igreja Açores e à Agência Ecclesia.

D. João Lavrador entrou na diocese insular a 29 de novembro de 2015

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