Bispo de Angra apresenta e comenta mensagem do Papa para o 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais
O bispo de Angra participou esta manhã no pequeno almoço-anual que a Diocese de Bragança-Miranda promove com os profissionais de comunicação social no dia de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, e desafiou os profissionais da informação a serem contadores de boas histórias.
“Aqueles que trabalham em órgãos de informação têm uma responsabilidade acrescida. E o Papa na sua mensagem quer uma atitude de esperança, porque todas as mensagens devem ser repassadas de esperança olhando para o futuro”, afirmou D. João Lavrador ao comentar a mensagem do Papa Francisco para o 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais, hoje divulgada.
O presidente da Comissão Episcopal que tutela as comunicações sociais da Igreja lembra que o Papa, baseado no livro do êxodo, “desafia-nos a todos nós: ele quer fazer de todo o ser humano seja um comunicador”.
“O Papa convida toda a pessoa a estabelecer relação com o outro através de noticias a que chama narrativas de histórias boas. Ele não deixa de dizer que também há histórias más e estas também têm de ser atendidas porque fazem parte da narrativa do ser humano. Mas, não são estas histórias más que constituem o futuro. As más devem ser expurgadas e as boas devem ser sublinhadas porque são elas que permitem construir o futuro”.
A mensagem do papa para este dia costumava ser apresentada aos portugueses em Lisboa, mas este ano, pela primeira vez, foi descentralizada para Bragança, aproveitando o encontro anual do bispo diocesano com a Comunicação Social.
Na ocasião, o bispo da diocese de Bragança-Miranda, José Cordeiro, apelou também aos profissionais da Comunicação Social para contarem e suscitarem mais “histórias de bem”, defendendo que é uma maneira de contagiar a sociedade pela positiva.
Para D. José Cordeiro, “o bem faz sempre bem e conhecendo histórias de bem, de verdade, de justiça, de harmonia e poder contá-las aos outros é uma maneira de contagiar para que esse bem possa ser partilhado e suscite noutras pessoas também a vontade de fazer o bem”.
Nos profissionais da Comunicação Social, defendeu, “há este dever acrescido porque às vezes o bem passa ao lado, pela pressão da própria orgânica dos órgãos de Comunicação Social, mas era importante suscitar as histórias de bem”.
O bispo de Bragança-Miranda ressalvou que “não se pode mudar a realidade nem ignorar, mas a realidade muitas vezes também depende na sua narrativa dos olhos de quem a vê e pode ser também um contributo, mesmo apresentando os casos até de mal, (para) fazer suscitar noutros a sua responsabilidade na construção do bem maior”.
“Assim tem acontecido desde o início da Humanidade, mas sobretudo na história da Igreja quando fazemos a narrativa da vida dos santos, da vida das pessoas boas, é para dizer que é possível, que não podemos desistir”, sustentou.