D. António de Sousa Braga celebra 25 anos de ordenação episcopal

O prelado foi nomeado por São João Paulo II e foi o segundo bispo açoriano na história da diocese

D. António Sousa Braga, bispo emérito de Angra, celebra no próximo dia 30 as bodas de prata de Ordenação sacerdotal, assinaladas com uma celebração, na sua freguesia natal- Santo Espírito, na ilha de Santa Maria-, e com uma presença junto do clero de São Miguel já esta sexta feira, na Igreja Matriz de São Sebastião, por ocasião da renovação das promessas sacerdotais dos sacerdotes das ilhas de São Miguel e de Santa Maria, às 12h00.

Religioso dehoniano desde 1962, D. António de Sousa Braga foi ordenado padre pelo Papa Paulo VI, em Roma, em 1970, década em que iniciou um percurso nas casas de formação dos dehonianos, onde foi superior provincial aos 35 anos, a partir de 1976 e por dois mandatos, e conselheiro geral, em 1991, até ser nomeado bispo de Angra, em 1996.

Tido como um pastor simples e afável, a maioria dos seus pares recorda-o na sua humanidade próxima e atenta, sobretudo aos mais pobres.

“A diocese de Angra, nos seus presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas e leigos, marcaram certamente a vida episcopal do Senhor Dom António, mas também é verdade que permanecem, e certamente continuarão por muito tempo, as marcas da sua invulgar personalidade que muito nos engrandece”, afirma D. João Lavrador no texto que escreveu no ano passado na publicação que a Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, a que pertence D. António Sousa Braga, publicou no contexto dos 50 anos da sua ordenação sacerdotal.

D. António Braga foi professor, sociólogo, formador, e superior, Superior Provincial e Conselheiro Geral na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus.

Para D. António de Sousa Braga, a oração é agora a “cadência” do seu dia.

“É a celebração da Eucaristia que ocupa o centro do meu dia: não passo sem ela. Tenho por meu companheiro o breviário, sobretudo as leituras do Ofício de Leitura, o do dia e de outros dias, aos quais volto com prazer”, afirma o bispo emérito de Angra na referida publicação.

António de Sousa Braga nasceu a 15 de março de 1941, na freguesia de Santo Espírito, ilha de Santa Maria, nos Açores, o quinto de 10 irmãos; terminada a escola primária, frequentou o 1.º e 2.º ciclos liceais de então no Colégio Missionário Sagrado Coração, no Funchal, e o 3º no Instituto Missionário Sagrado Coração, em Coimbra, iniciando depois do tempo e noviciado, em Aveiro.

De 1962 a 1964, frequentaria o curso de filosofia em Monza e, após um estágio de vida religiosa em Portugal, frequentou, de 1966 a 1970, o curso de teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana.

A 17 de maio de 1970, dia de Pentecostes, no contexto das celebrações dos seus 50 anos de ordenação sacerdotal, o Papa São Paulo VI ordenou 278 presbíteros originários de todos os continentes: entre eles o diácono dehoniano da já então Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus, António de Sousa Braga.

Após ter colaborado na formação de jovens religiosos, no Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide, foi eleito Superior Provincial dos Sacerdotes do Coração de Jesus em 1976, quando tinha 35 anos, por dois mandatos.

A partir de 1983, o trabalho do padre Braga passa pela formação e a paróquia em Alfragide até ser nomeado conselheiro no governo geral dos dehonianos, em maio de 1991

A 9 de abril de 1996, o Papa São João Paulo II chamou-o ao episcopado, nomeando-o 38.º Bispo de Angra, nos Açores, onde foi ordenado bispo no dia 30 de junho de 1996, na Sé de Angra, por D. Aurélio Granada Escudeiro, a quem sucedia,

D. António de Sousa Braga foi bispo de Angra até 15 de março de 2016, quando, completados os 75 anos de idade, o Papa Francisco aceitaria o seu pedido de resignação, sucedendo-lhe no cargo Dom João Lavrador, desde 29 de setembro de 2015, Bispo coadjutor com direito de sucessão.

Após a sua resignação, D. António de Sousa Braga quis voltar aos Sacerdotes do Coração de Jesus, ao Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide, onde foi formador e superior da comunidade.

(Com Ecclesia)

 

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