Edição é do Instituto Açoriano de Cultura
“O Rosto Humano de Deus” é o título da nova obra de Artur Cunha de Oliveira, sacerdote dispensado do ministério, que é lançada hoje em Angra do Heroísmo, com apresentação de Frei Bento Domingues.
Trata-se de uma edição do Instituto Açoriano de Cultura que totaliza 384 páginas que o autor contextualiza, citado pelo jornal Correio dos Açores que, dizendo que “embora o Cristianismo tenha tomado nome a partir de Cristo, a verdade é que Cristo não é nome de pessoa mas de categoria; não é substantivo mas adjetivo”.
“Na Bíblia, `cristos´ e `messias´ foram aqueles a quem Deus escolheu, predestinou e dotou de dons especiais para poderem levar a cabo ações de salvação. (…) O Cristianismo, como religião, deve-se ao Senhor Jesus de Nazaré, personagem histórica”, prossegue o autor lembrando que “Os discípulos e seguidores do Senhor Jesus passaram a ser denominados cristãos a partir de Antioquia da Síria (Act.11,26b), muito provavelmente por influência de algum funcionário ou militar romano e pagão. Nunca por iniciativa própria”.
Artur Cunha de Oliveira, licenciado em Teologia e Ciências Biblicas, sublinha, ainda que “apesar de ter sido o Senhor Jesus quem deu origem ao movimento religioso e de renovação que é, na essência, o Cristianismo, não é evidente que na Igreja Católica, por exemplo, para o comum das pessoas a figura histórica do Senhor Jesus ocupe o centro da devoção e da religiosidade”.
E, acrescenta que “o Cristianismo não foi, originalmente, uma religião de dogmas, de ritos, de cânones, mas de compromisso e de missão”.
A apresentação do livro é feita por Frei Bento Domingues, “amigo de longa data”.
Artur da Cunha Oliveira, sacerdote católico dispensado do ministério e casado, foi professor no Seminário Episcopal de Angra, cónego da Sé, assistente diocesano de vários movimentos, organismos e associações de apostolado e, na sociedade civil, diretor do diário A União, co-fundador do Instituto Açoriano de Cultura de cujas Semanas de Estudo dos Açores foi secretário permanente durante vários anos.
Foi presidente da Comissão Administrativa da Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo, diretor e fundador do Departamento Regional de Estudos e Planeamento dos Açores (DREPA), deputado ao Parlamento Europeu, presidente da Comissão Diocesana de Justiça e Paz e da Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo.
Esta é a sua quarta obra publicada no Instituto Açoriano de Cultura, depois de “A Morte do Justo” (2013); “Natal – Verdade. Lenda. Mito” (2012) e “Jesus de Nazaré e as Mulheres – A Propósito de Maria Madalena” (2011).