Tema em debate na reunião extraordinária, de 10 a 12 de janeiro
O bispo de Angra, D. João Lavrador, convocou uma “reunião extraordinária” do conselho presbiteral, de 10 a 12 de janeiro, para debater “uma nova organização diocesana”.
O encontro, a realizar no Seminário Episcopal de Angra (Ilha Terceira), vai refletir sobre a proposta de reorganização diocesana que passa pela criação de três zonas pastorais, que serão coordenadas por um vigário episcopal em cada uma delas e, ainda, a nomeação de um vigário para a formação de leigos.
Esta proposta é o “tema único” deste encontro que pretende lançar uma nova organização diocesana para uma maior “Dinamização Evangelizadora de todo o Povo de Deus da Diocese de Angra”, refere a convocatória que foi feita a todos os membros do Conselho Presbiteral.
A proposta de reorganização da Diocese de Angra assenta em três zonas pastorais: Zona Centro (Terceira, S. Jorge e Graciosa); Zona Oriental (S. Miguel e Santa Maria) e Zona Ocidental (Faial, Pico, Flores e Corvo), provendo cada uma destas Zonas Pastorais com um Vigário Episcopal. De acordo com a proposta do prelado, na Zona Centro o vigário geral acumula o cargo de vigário episcopal.
Além destas alterações, D. João Lavrador quer criar uma vigararia para a formação dos leigos dotando-a de um vigário episcopal. Paralelamente, a formação dos sacerdotes será assegurada pelo Seminário Episcopal de Angra.
“A proposta que vai ser discutida nas próximas reuniões dos conselhos Presbiteral e Pastoral tem este duplo sentido: o sentido da unidade e comunhão mas também o sentido da ministerialidade dentro da igreja”, afirmou ao Sítio e ao programa de rádio Igreja Açores o bispo de Angra.
A questão de uma nova organização diocesana é “fundamental” não pelos nomes mas para uma “melhor eficácia” reconhece D. João Lavrador.
“Hoje a diocese é vista em dois polos são Miguel e Terceira e um bocadinho o Faial e o arquipélago só vale se for visto em conjunto. Eu gostava de valorizar isto em termos diocesanos olhando para Santa Maria, para São Miguel mas também para o Corvo ou para as Flores”, acrescenta D. João Lavrador.
“Em termos de diocese isto é prioritário porque ninguém pode pensar em igreja se não pensarmos em comunhão e essa comunhão pressupõe que nos interessemos uns pelos outros”, precisa lembrando que “ todas as paróquias são iguais, todos os serviços são iguais e todos exigem o mesmo esforço e a mesma atenção de todos. Para haver igualdade tem de haver reciprocidade”.
Na reunião do Conselho Presbiteral participam além do bispo o Vigário Geral, o Vigário Judicial, o ecónomo, o Reitor do Seminário e todos os presbíteros diretores de serviço e comissões diocesanas. Participam ainda os 16 ouvidores, um representante dos assistentes dos movimentos diocesanos e obras de apostolado, um representante do Cabido, outro do Colégio de Consultores e um representante dos religiosos presbíteros.