2312ª sessão plenária terminou esta manhã em Ponta Delgada com um apelo do bispo a que os cristãos açorianos sejam “líderes de renovação” das suas comunidades
O Conselho Pastoral Diocesano, órgão de consulta do bispo de Angra composto maioritariamente por leigos, aprovou “por maioria expressiva” a proposta do prelado de reorganização administrativa e territorial para os próximos anos.
De acordo com o comunicado Final da 12ª reunião plenária deste órgão que acaba de reunir extraordinariamente, em Ponta Delgada, as propostas que constavam da agenda- organização diocesana para a dinamização evangelizadora de todo o Povo de Deus (paróquias, zonas, ouvidorias, ilhas e três Vigararias Pastorais); nomeação de um ou mais Vigários Episcopais para a colaboração e descentralização do ministério pastoral do Bispo; nomeação de um ou mais Vigários Episcopais com base no território da Diocese; nomeação de um ou mais Vigários Episcopais com base no acompanhamento e formação cristã para toda a Diocese- “receberam a aprovação da maioria expressiva do Conselho”.
O Plenário, constituído por leigos, religiosos, diáconos e presbíteros de todas as ilhas dos Açores, reuniu em Ponta Delgada, este fim de semana, e “valorizou a ação realizada” no decorrer do presente ano no domínio da Pastoral Social, “reconheceu e propôs, dadas as circunstâncias atuais a exigir uma atenção especial aos excluídos e desfavorecidos, a continuidade deste trabalho concertado com outras entidades privadas e públicas”. A este propósito, o comunicado salienta, entre outras situações de marginalidade, “a educação para a inclusão, o acompanhamento de proximidade, os jovens em situação de risco e a família”.
O comunicado final destaca também “a importância e a necessidade de formação dos vários agentes pastorais” em diferentes domínios da vida diocesana.
No comunicado do Conselho Pastoral Diocesano é igualmente assinalada a importância do agendamento, pelo Santo Padre, de um Sínodo sobre Jovens, fé e discernimento vocacional, para outubro de 2018, “cuja preparação deve mobilizar os jovens da Diocese durante o próximo ano pastoral, apela-se à interligação entre a Pastoral Social, Familiar e Juvenil”.
No final dos trabalhos e, ainda de acordo com o comunicado, o bispo de Angra voltou a usar da palavra (depois da intervenção inicial sublinhando a importância deste órgão) para realçar a necessidade dos cristãos “serem líderes de renovação nas comunidades e sectores da vida pastoral onde se inserem através do testemunho e da partilha”, respondendo ao apelo de Jesus Cristo- `assim como Eu fiz, fazei vós também´(Jo 13,15)- “com o qual a Igreja em cada uma das comunidades cristãs se renova e é sinal de esperança para o mundo de hoje”.
No ano do centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, e da marca mariana na piedade popular do povo açoriano, o comunicado “exorta os cristãos a seguir a indicação de Maria “fazei o que Ele vos disser” (Jo 2,5)”.
O comunicado final do Conselho Pastoral Diocesano recorda, ainda, o quarto centenário do martírio do Beato João Baptista Machado, padroeiro da Diocese, “invocando o seu exemplo para que as nossas paróquias se tornem comunidades de discípulos missionários”.
O Conselho Pastoral Diocesano é, juntamente com o Conselho Presbiteral, um importante órgão de consulta do prelado e, na diocese de Angra, tem uma periodicidade de dois em dois anos, devido aos elevados custos de deslocação de todos os conselheiros.