A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) recomenda que os utentes permaneçam nos Espaços e Lares Residenciais, nas celebrações de Natal e Ano Novo, para evitar contágios no atual contexto de pandemia.
Em informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, a organização sustenta que “devem ser evitadas as deslocações dos utentes a casa de familiares para os convívios natalícios e/ou de Ano Novo”, sublinhando que, se tal acontecer, é necessário que, no regresso, “fiquem descartadas as possibilidades de infeção e de futuro contágio”.
“As consequências podem ser devastadoras não apenas para aquele utente em concreto, mas para todos os outros e para os trabalhadores”, adverte a CNIS.
A organização assume que esta decisão cria responsabilidades acrescidas a Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas – ERPI e Lares Residenciais na organização e nas comemorações do “Natal dentro do Lar”, convidando ao “respeito de todas as regras de higiene e distanciamento já em vigor”.
A CNIS sugere o alargamento do horário e o aumento do número das visitas, além de se “sensibilizar e motivar a comunidade para alegrar os idosos com música, ranchos, coros e teatro desenvolvidos no exterior do edifício” ou “festa de Natal e celebrações religiosas transmitidas aos familiares nas redes sociais”.
“Vale a pena um esforço acrescido para não se criarem agora circunstâncias com reflexos em janeiro, difíceis de serem encaradas e ultrapassadas”, acrescenta a nota informativa.
A Confederação indica que várias Instituições partilharam preocupações e solicitaram orientações, realçando que “o isolamento, confinamento, medo e privação dos contactos afetivos com as pessoas de maior referência para os utentes têm provocado situações de tristeza e depressão com impacto na saúde mental”.
Apesar de reconhecer que as saídas, em especial nesta época de Natal, constituem um aspeto “muito importante da manutenção das referências e do equilíbrio físico e mental” dos residentes nas Instituições, a CNIS alerta que “os contactos com pessoas fora deste espaço, aumentam o risco de exposição da pessoa residente ao vírus responsável pela Covid-19 e, eventualmente, de outros residentes que possam vir a ser infetados”.
A nota elogia ainda o “grandioso” esforço de cumprimento das orientações da DGS, quanto à organização e funcionamento destas respostas sociais, realçando que a atual situação de pandemia “está longe de estar atenuada e controlada”.
(Com Ecclesia)