A Comunidade Ecuménica de Taizé (França) que vai dinamizar o encontro online ‘sempre em caminho, nunca desenraizado’, de 28 a 30 de agosto, assinala hoje o 80º aniversário da chegada do irmão Roger a Taizé, a 20 de agosto de 1940.
“Vale a pena meditar na forma de fazer as coisas do irmão Roger e deixarmo-nos inspirar por ela: quando deixou o seu país para vir a Taizé não tinha um plano concreto elaborado antecipadamente, não sabia o que Deus esperava dele a longo prazo, apenas sabia que tinha de começar e estava pronto para dar um primeiro passo”, assinala o prior da comunidade ecuménica.
Na informação partilhada no seu sítio online de Taizé, o irmão Alois explica que esta data de 20 de agosto lembra o início de uma fundação que “já estava a amadurecer no coração do irmão Roger há vários anos, que lentamente evoluiu para uma busca passo a passo, com tentativas, hesitações e dúvidas”, até ao momento decisivo do compromisso de vida dos primeiros irmãos na Páscoa de 1949.
Esta semana, desde domingo, está a ser “marcada por um duplo aniversário” em Taizé, hoje recordam o 80.º aniversário da “primeira chegada” do irmão Roger – um jovem pastor calvinista suíço de 25 anos – a esta região – sudeste de França, a oito quilómetros da antiga abadia de Cluny, na Borgonha -, no dia 20 de agosto de 1940 e começaram a assinalar o 15.º aniversário da morte do seu fundador a 16 de agosto de 2005.
A comunidade ecuménica, com monges católicos e protestantes, provenientes de cerca de trinta países do mundo, vai promover um encontro online, dedicado ao tema ‘sempre em caminho, nunca desenraizado’, de 28 a 30 de agosto.
“Será possível acompanhar a oração comum, que é um momento essencial da nossa vida e dos encontros dos jovens, depois no vídeo será possível ver a oração e haverá as introduções bíblicas e momentos de reflexão sobre determinados temas”, disse o irmão Charles-Eugène ao ‘Vatican News’.
O monge explicou que os participantes vão ter também “a oportunidade de fazer perguntas”, que é uma forma de “participar, para que se abra um diálogo”, um encontro que se “vai realizar um pouco nos moldes” do que viveram no Pentecostes.O irmão Charles-Eugène assinalou que as tecnologias, nomeadamente as redes sociais, têm sido uma forma de superar o distanciamento social que a pandemia do novo coronavírus Covid-19 obriga e adianta que “há menos jovens” em Taizé neste verão, “são 500-600 todas as semanas”, quando noutros anos “eram de três ou quatro mil”.
Nos últimos 15 anos, desde a morte do fundador da comunidade, o monge explica que os encontros na comunidade “são realizados com os mesmos temas” e a questão da ecologia tornou-se “mais importante, porque os jovens estão muito mais sensíveis do que antes à urgência das mudanças climáticas”.
Recentemente, a comunidade ecuménica anunciou que por causa da pandemia Covid-19, o encontro de final de ano – Peregrinação da Confiança na Terra – que este ano se ia realizar em Turim (Itália) foi adiado por um ano (28 de dezembro de 2021 a 1 de janeiro de 2022), e vai dinamizar “um evento inédito em Taizé” no final deste ano, também para jovens dos 18 aos 35 anos.
O acolhimento em Taizé reabriu no início de junho, em conformidade com as orientações das autoridades francesas; No final de março, o irmão David, monge português da Comunidade de Taizé, disse à Agência ECCLESIA que “nunca tinha visto a colina tão vazia”.
(Com Ecclesia)