Francisco escreveu ao representante dos bispos italianos de visita à Jordânia
O Papa assinalou hoje a visita do secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana à Jordânia, com uma carta onde denuncia as “atrozes, desumanas e inexplicáveis perseguições” que levaram muitos cristãos a refugiarem-se naquele país.
Na missiva, publicada pela sala de imprensa da Santa Sé, Francisco faz votos de que “a comunidade internacional não permaneça em silêncio e inerte diante de tal inaceitável crime”.
Declara também a sua proximidade para com todos quantos estão a ser vítimas de “violência” e “fanatismo”, e que “foram obrigados a abandonar as suas casas e a sua terra”.
Uma realidade continuada “muitas vezes sob os olhos e o silêncio de todos”.
“São os mártires de hoje, humilhados e discriminados por causa da sua fidelidade ao Evangelho”, realça o Papa argentino.
Através desta mensagem, Francisco espera ser “sinal de uma Igreja que não esquece e não abandona os seus filhos exilados por causa da sua fé”.
“Saibam que uma oração quotidiana se eleva por eles, junto com o reconhecimento pelo testemunho que nos oferecem”, acrescenta.
Atualmente, acumulam-se na Jordânia centenas de milhares de refugiados, incluindo muitas famílias cristãs provenientes sobretudo do vizinho Iraque.
A viagem do representante do episcopado italiano, D. Nunzio Galantino, pretende assinalar o primeiro aniversário da chegada à Jordânia dos refugiados, ocorrida a 8 de agosto de 2014.
O programa da visita incluirá um “encontro de oração em Amã, promovido pela Caritas da Jordânia em colaboração com a comunidade caldeia e siríaca, as associações, os sacerdotes e os voluntários que prestam assistência aos refugiados”.
“Participarão também a Família Real, as autoridades estatais jordanas e representantes de outras Igrejas”, adianta ainda o serviço informativo do Vaticano.
Numa referência às comunidades que acolheram os refugiados naquele país, o Papa Francisco diz que “com a ajuda solidária que prestam” elas “anunciam a ressurreição de Cristo”.
“Que o Senhor recompense a todos, como só Ele pode fazer, com a abundância de seus dons”, conclui.
CR/Ecclesia