Comunidade das Lajes das Flores celebra 500 anos

Paróquia foi elevada em 1515 iniciando a presença da Igreja a ocidente. Celebrações prolongam-se durante um ano

Logotipo comemorativo dos 500 anos de elevação a paróquia
Logotipo comemorativo dos 500 anos de elevação a paróquia

A paróquia das Lajes das Flores iniciou no domingo a celebração dos 500 anos de presença da Igreja Católica a ocidente, no inicio do povoamento da ilha, informa uma nota da ouvidoria das Flores a que o Sítio Igreja Açores teve acesso.

Durante a cerimónia de abertura do ano jubilar, o ouvidor, Pe Davide Barcelos,  sublinhou que “este é um momento propício para olhar o passado e refletir sobre a vivência e identidade cristã atual, bem como repensar o futuro, estabelecendo metas e desafios, tanto a nível paroquial como ao nível de ouvidoria/ilha”.

O tema escolhido para o presente ano pastoral e para a celebração deste jubileu é “Reavivar a Fé recebida”, em resultado da crescente preocupação com a “desertificação espiritual”, em que o homem se foi “esvaziando do verdadeiro conteúdo interior e transcendente”, deixando-se dominar pelo consumismo, naturalismo e materialismo, sublinhou o ouvidor eclesiástico da ilha.

A sessão comemorativa ficou, ainda, marcada pela apresentação do logótipo para o Ano Jubilar, que reúne dois elementos base: a fachada da Matriz e a Coroa de Nossa Senhora do Rosário.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi edificada pela primeira vez junto ao porto das Lajes. Destruída pelos piratas que assolavam a ilha, o povoado subiu um pouco, o que resultou na construção de uma nova Matriz, onde está hoje localizado o cemitério. Contudo, na segunda metade de setecentos, o edifício, verdadeiramente arruinado, foi demolido, procedendo-se pela terceira vez à edificação da Matriz, entre 1763 e 1783, cuja localização se tornou definitiva.

Presente na cerimónia de abertura deste ano jubilar, o presidente da Câmara Municipal das Lajes das Flores; Luís Maciel, frisou o papel importante que a Igreja desempenhou no povoamento do concelho e da ilha “que extravasou amplamente aquelas que são as suas funções primordiais, associadas à afirmação da Fé Cristã, desempenhando um papel crucial na educação e formação da sociedade”.

Durante a cerimónia de abertura do ano jubilar houve ainda tempo para um concerto da Filarmónica de Nossa Senhora dos Remédios.

 

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