Como prometido Ele estará…

Por Renato Moura

Há muito prometida e anunciada, por multidões ansiada, por alguns polemizada, aí está a Jornada Mundial da Juventude.

Realiza-se, com jovens e não só, vindos das mais diversas partidas do mundo. Trarão preocupações e desesperos, desejos e esperanças, expectativas e fé, vontade de partilha e de ajuntamento, força e coragem. Muitas serão universais, algumas nacionais, outras de grupos sectoriais; e também pessoais.

Ocorre quando se morre de fome e de doença, não só nos países pobres, como nas civilizações tidas por evoluídas. Mata-se, por um nada, a vida e a esperança de uns, enquanto um número cada vez maior se suicida por falta de esperança. Invadem-se territórios sem justificação, mata-se a eito, militares e civis, crianças e velhos. A intolerância religiosa mata a liberdade e as existências. Demasiados lutam pela imposição de ideologias. Muitos outros ridicularizam valores e princípios.

A JMJ acontece quando o mundo padece sob fenómenos climatéricos extremos, muitos deles consequência de persistentes e conscientes erros cometidos pelos homens e organizações, quantos deles em busca de lucros e vantagens ilegítimas. Ocorrem enormes e mortíferas cheias, pululam incêndios destruidores da biodiversidade, da perda de vidas e bens pessoais e da colectividade. Aumenta a poluição, a deterioração da qualidade de vida, em terra e nas águas do mar, dos rios e lagos, bem como a do ar que respiramos.

Há inflacção, falta de habitação, pobreza. Juros a subir, depósitos bancários sem justa remuneração.  Mão-de-obra qualificada mal remunerada, perda de poder de compra, salários reais a baixar. Classe média a ser esmagada. Aos fictícios acordos sociais sucedem-se as greves, os sindicatos enchem as ruas. Promovem-se eleições na busca de maiorias: que não se encontram, decepcionam, ou não são estáveis. Em democracia já os protestos se fazem de violência e destruição.

Da partilha anterior reafirmo “É tempo de aparecer a iniciativa corajosa e a força da juventude”. Porventura nunca fez tanta falta que os jovens todos mudem o mundo insatisfeito. O Papa Francisco estará entre eles, em Portugal, para os ajudar no compromisso de começarem já.

Mais importante ainda: entre os jovens estará Jesus, pois prometeu “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles” (Mt 18,20). Ele olhará cada um na realidade concreta da respectiva história; chamará cada um pelo seu nome e falará; há que ouvir e atentar. É tempo de mudar o tempo, de empreender: pela humanidade, pelo ambiente, pelas nações.

                                                                                  

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