Pe Júlio Rocha comenta momento diocesano como “mudança pacífica”
O Presidente da Comissão Diocesana Justiça e Paz diz que a mudança que se operou hoje na diocese, com a passagem de testemunho de D. António de Sousa Braga para D. João Lavrador é “uma mudança pacífica”.
O sacerdote que é professor de Teologia Moral no Seminário Episcopal de Angra lembra a “bondade” do bispo cessante “que nunca deixou de ser homem”, completamente “integrado na sua comunidade” mas sublinha também a “grande fé, bondade, capacidade de diálogo” e sobretudo “desejo de ser pastor” de D. João lavrador.
“Como presidente da Comissão Diocesana de Justiça e Paz, já vi que D.João está muito empenhado em fazer com que os seus sacerdotes sejam pastores e isto é algo muito importante” refere o sacerdote pois “um pastor é alguém que está presente no meio das suas ovelhas”. E prossegue: “ um padre é uma pessoa atenta às outras pessoas. E para estar presente é preciso ter tempo num tempo onde ninguém tem tempo” e “ter tempo é uma qualidade essencial do pastor”.
O Pe Júlio Rocha refere ainda “a experiência” e a capacidade de “diálogo” destacando que o tempo que esteve como auxiliar e agora como coadjutor, nos últimos 4 meses, o terão ajudado a formar uma ideia para a diocese, “identificando as suas virtudes e os seus defeitos”.
Sobre D. António de Sousa Braga elogia a “presença constante” e o facto de ter dado um rosto “imensamente humano” à igreja nos Açores.
“Com a sua doença até, e faz-me lembrar o Papa João Paulo II, que nunca desistiu” frisou lembrando que “ nunca virou as costas”.
“Não foram 20 anos perfeitos- não podiam ser- mas foram vinte anos de muitos diálogos e muitos desafios, também de muitos problemas externos e internos, de muitas “revoluções”, mas foram vinte anos de construção e de abertura ao mundo”, conclui.