Instalação do novo parlamento regional está agendada para as 15h00 desta segunda feira
O novo governo açoriano deve ser capaz de governar para todos os açorianos e encontrar os melhores instrumentos para combater a pobreza estrutural dos Açores, “o maior problema da região”, afirma o assistente da Comissão Diocesana Justiça e Paz em declarações ao Igreja Açores, na véspera do dia em que os novos deputados tomam posse na Horta.
“Estamos num período de pandemia, que vai trazer problemas para a saúde, mas também criar problemas financeiros e económicos graves. A pobreza vai aumentar ainda mais” refere o padre José Júlio Rocha.
“O novo governo tem de ser capaz de fazer as opções certas para reduzir ao máximo este problema endémico, estrutural”, refere o sacerdote que recomenda aos novos governantes uma leitura “atenta” da encíclica papal Fratelli Tutti.
O assistente diocesano da Comissão Justiça e Paz, interpelado pelo Igreja Açores, lembra que uma sociedade justa deve ser fundada “não só na igualdade e na liberdade mas também na fraternidade”. E alerta para que os novos governantes “não se deixem levar por ideais eventualmente populistas e sejam capazes de por em prática os propósitos de uma sociedade melhor”.
“Penso que todos desejaremos o mesmo, isto é, um governo para todos os açorianos”, afirma, sublinhando que ninguém pode ficar para trás.
A instalação da Assembleia Legislativa dos Açores, na sequência das eleições legislativas regionais de 25 de outubro, está marcada para esta segunda feira, às 15h00. Os 57 deputados eleitos, em representação de oito forças políticas (OS, PSD, CDS, PPM, Chega, BE, IL e PAN) irão tomar posse dos seus mandatos. Embora o OS tenha vencido as eleições, será uma coligação de direita que irá governar os açores na próxima legislatura. O presidente do Governo, José Manuel Bolieiro, foi indigitado no dia 7 de novembro pelo Representante da Republica. Bolieiro governará em coligação com o CDS e o PPM e terá o suporte parlamentar do Chega e da Iniciativa Liberal.
Depois da tomada de posse do Governo, haverá um prazo de 10 dias para o programa do executivo ser entregue no parlamento onde tem de ser votado e aprovado.