Grupo de trabalho composto por 11 elementos, 10 leigos e um sacerdote, abrange representantes de diversas ilhas e áreas de trabalho
É a primeira vez que a Comissão Diocesana de Prevenção e Acompanhamento de Casos de Abusos de Menores nos Açores reúne depois de uma primeira reunião informal de apresentação dos seus membros, após a sua nomeação pelo bispo de Angra.
Esta terça feira, o grupo de trabalho composto por 11 elementos, um deles sacerdote- o Pe. José Júlio Rocha- reuniu em Angra para refletir em conjunto sobre os documentos do Vaticano e da Conferência Episcopal Portuguesa a propósito do abuso de menores e para definir metodologias de trabalho, adiantou ao Igreja Açores a coordenadora Lina Mendes.
A comissão, que foi criada pelo bispo de Angra, visa a prevenção da ocorrência de eventuais abusos sexuais de menores por parte do clero e, por outro lado, o apoio às vítimas, “que merecem todo o nosso cuidado e acompanhamento” adiantou ainda a coordenadora deste grupo de trabalho . A Comissão vai ter um endereço eletrónico para acolher sugestões e eventuais denuncias e, numa primeira fase articular-se-à com outras comissões, nomeadamente a do Patriarcado de Lisboa.
“A comissão está a organizar-se em termos metodológicos para atuar e ter uma ação verdadeiramente válida para dar resposta a casios que eventualmente possam vir a sugir nos Açores” explicitou ainda a coordenadora.
Fazem parte desta comissão: Lúcia Espínola (Jurista); Alexandre Simões (Psicólogo), Luis Cabral (Médico), Francisco Lima (diácono); Maria do Céu Patrão Neves (Eticista), Maria Sameiro Amaral (Jurista), António Rocha (Diácono) e Maria de Fátima Pinto e Helena Sequeira, ambas professoras e O Pe. José Júlio Rocha.
Com a comissão de prevenção e acompanhamento em ordem à proteção de menores a Diocese de Angra dá “cumprimento ao compromisso assumido” pelos bispos portugueses na assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (29 de abril-2 de maio) e às orientações do Papa, contextualiza o portal ‘Igreja Açores’.
“Os bispos comprometem-se a criar instâncias de prevenção e acompanhamento em ordem à proteção de menores nas suas dioceses e a atualizar as diretrizes aprovadas pela Conferência Episcopal em 2012, tendo em conta as orientações da Santa Sé”, lê-se no comunicado final da 196.ª Assembleia Plenária.
O Papa Francisco determinou que todas as dioceses católicas devem criar estruturas para receber denúncias de eventuais casos de abusos sexuais, até 2020, no ‘Motu Proprio’ (documento de sua iniciativa pessoal) ‘Vos estis lux mundi’ (Vós sois a luz do mundo), publicado a 9 de maio.