Dia 6 de abril doentes, cuidadores, visitadores e todos os agentes de pastoral da área da saúde são convidados a participar no Jubileu do Doente em todas as Igrejas Jubilares
Uma Hora Eucarística, com reflexão da Palavra de Deus, cânticos e momentos de silêncio, é a celebração que a Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde propõe para a celebração do Jubileu do Doente que se realizará no dia 6 de abril, na Igreja da Esperança-Santuário do Senhor Santo Cristo, em Ponta Delgada.
A iniciativa coincide com o Dia Diocesano do Doente, que desde 1975 se celebra na Diocese no 5º Domingo da Quaresma, e pretende mobilizar todos quantos trabalham na área da saúde desde os doentes, os profissionais de saúde, os visitadores, cuidadores informais e ministros extraordinários da comunhão.
“Estão todos convidados a participar nesta Hora Eucarística entre as 16h00 e as 17h00, no Santuário da Esperança” refere o padre Paulo Borges, responsável por esta Comissão Diocesana e Capelão do Hospital do Divino Espírito Santo.
“Exortamos pois todos os Párocos a que nesse dia possam celebrar nas suas comunidades o Sacramento da Santa Unção nos doentes, convidando os seus Ministros Extraordinários da Comunhão ou outros Cuidadores/ Movimentos ligados aos Cuidados dos Doentes, que possam participar no encontro jubilar, neste mesmo dia” refere ainda o sacerdote.
Também no Pico, no Santuário do Senhor Bom Jesus – Igreja Jubilar da Ilha – realiza-se neste dia o Jubileu dos Doentes, Profissionais de Saúde e Ministros Extraordinários da Comunhão.
Às 15h00 celebra-se uma Hora Santa de adoração ao Santíssimo Sacramento pelos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão; às 16h00 terá lugar a Eucaristia com a celebração do Sacramento da Unção dos Doentes.
“A Igreja recomenda que aqueles que estão gravemente doentes e os fiéis com mais de 65 anos, deverão, pelo menos uma vez por ano, abeirar-se do Sacramento da Unção do Doentes, pedindo a Deus o dom da cura, da fortaleza para suportar as enfermidades e o perdão dos pecados” refere a nota enviada ao Sítio Igreja Açores.
“Neste Ano Santo de 2025 – Jubileu da Esperança, convidamos os doentes e idosos das Paróquias do Pico, que se poderem deslocar, para peregrinarem ao Santuário do Senhor Bom Jesus, Igreja Jubilar da nossa ilha, para celebrarmos em comunidade este Jubileu com a celebração da Eucaristia e do sacramento da Unção dos Doentes, podendo lucrar das indulgências jubilares” afirma o Reitor do Santuário e responsável pela pastoral da saúde na ilha, numa nota enviada a todas as paróquias.
A celebração eucarística será orientada pelos profissionais de saúde da Unidade de Saúde da Ilha do Pico.
Na mensagem para o Dia Mundial do Doente, que se celebra na festa de Nossa Senhora de Lourdes, a 11 de fevereiro, o Papa fala particularmente a quem acompanha os doentes com amor e proximidade, em ligação ao Ano Santo que decorre na Igreja Católica.
“Todos juntos somos ‘anjos’ de esperança, mensageiros de Deus, uns para os outros: doentes, médicos, enfermeiros, familiares, amigos, sacerdotes, religiosos e religiosas. E isto, onde quer que estejamos: nas famílias, nos ambulatórios, nas unidades de cuidados, nos hospitais e nas clínicas”, escreve Francisco.
O tema para este ano é inspirado, tal como a bula de proclamação deste Jubileu, numa passagem da carta de São Paulo aos Romanos: “«A esperança não engana» (Rm 5, 5) e fortalece-nos nas tribulações”.
“Como é que nos mantemos fortes quando somos feridos na carne por doenças graves, que nos incapacitam, que talvez exijam tratamentos cujos custos vão para além das nossas possibilidades? Como fazê-lo quando, não obstante o nosso próprio sofrimento, vemos o daqueles que nos amam e que, embora próximos de nós, se sentem impotentes para nos ajudar?”, assinala o texto.
O Papa aponta à “ajuda de Deus” e do seu Espírito, que “nunca” abandona quem sofre.
“No momento da doença, se por um lado sentimos toda a nossa fragilidade – física, psíquica e espiritual – de criaturas, por outro lado experimentamos a proximidade e a compaixão de Deus”, pode ler-se.
“A doença torna-se então a oportunidade para um encontro que nos transforma, a descoberta de uma rocha firme na qual descobrimos que podemos ancorar-nos para enfrentar as tempestades da vida: uma experiência que, mesmo no sacrifício, nos torna mais fortes, porque mais conscientes de não estarmos sós”, lê-se ainda.
Francisco fala da esperança como um dom de Deus, que aponta ao “horizonte infinito da eternidade”, e sublinha ainda a importância da “partilha”.
“Os lugares onde se sofre são frequentemente espaços de partilha, nos quais nos enriquecemos uns aos outros. Quantas vezes se aprende a esperar à cabeceira de um doente! Quantas vezes se aprende a crer ao lado de quem sofre! Quantas vezes descobrimos o amor inclinando-nos sobre quem tem necessidades!”, realça.
O Papa elogia gestos como “o sorriso amável de um profissional de saúde” ou “o olhar agradecido e confiante de um doente”, afirmando que todos eles têm “um papel especial” neste Ano Santo de 2025.
O Dia Mundial do Doente é celebrado anualmente a 11 de fevereiro, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes; devido ao Jubileu, a celebração mundial num santuário mariano foi adiada para 2026 e vai decorrer em Arequipa, no Peru.
Além da celebração a nível diocesano, o Ano Santo de 2025 tem dois momentos dedicados a este setor: o Jubileu dos Doentes e o Mundo da Saúde, a 5 e 6 de abril, e o Jubileu das Pessoas com Deficiência, a 28 e 29 de abril.