Projeto educativo de escola católica na ilha Terceira acaba de ser viabilizado em reunião com novo Secretário Regional da Educação; Avelino Menezes.
O novo Secretário Regional da Educação, Avelino de Menezes, acaba de dar “luz verde” ao mais recente projeto educativo privado da ilha Terceira, ao aprovar o licenciamento do Colégio de São Francisco, que arrancará em Setembro com duas turmas e cerca de 40 alunos.
“Estivemos ontem reunidos e não há nada, do ponto de vista pedagógico e logístico que obste ao licenciamento do Colégio de São Francisco e por isso o Governo licenciou este projeto e poderemos candidatar-nos aos apoios que estão previstos na lei”, disse esta quinta feira ao Portal da Diocese Tomaz Dentinho, um dos promotores deste projeto e o autor do estudo de viabilidade económica e financeira.
O Colégio, que funcionará nas instalações da Irmandade do Livramento, no Pico da Urze, arrancará o próximo ano letivo com duas turmas do terceiro ciclo – dos sétimo e nono anos de escolaridade- sendo as aulas leccionadas por sete professores contratados, selecionados de um leque de cerca de 200 candidatos.
“Foram contratados sete professores, na sua maioria sem vínculo à função publica que irão leccionar as disciplinas destes dois níveis de ensino”, acrescentou Tomaz Dentinho sublinhando que apenas dois deles- professores de lógica e alemão- estão, também, na escola pública.
A direcção técnica e pedagógica do Colégico será assegurada por Marta Barcelos.
O Colégio de São Francisco é propriedade da ACDA – Associação para a Ciência e Desenvolvimento dos Açores, “procura testemunhar o cristianismo, propondo-o criativamente à liberdade” dos alunos que são chamados a verificar essa “hipótese com lealdade” e vai ter como parceiro o Colégio de São Tomás, em Lisboa.
Trata-se de uma escola privada, com ligação ao Movimento Comunhão e Libertação, que desenvolve um método de ensino “inovador”, com livros próprios e seguindo, no ensino da matemática, o método de singapura (resolução de problemas com o uso de desenhos no modelo heurístico, por tentativa e erro) e a distribuição das disciplinas de geografia, ciências e física-quimica pelos sétimo, oitavo e nono ano de escolaridade. No entanto para a turma de nono ano, os alunos “prosseguirão o curriculo tradicional”, garante Tomaz Dentinho.
O Colégio de São Francisco será a primeira escola privada a leccionar o terceiro ciclo e o secundário na ilha Terceira. A propina custará 150 euros por aluno, durante 10 meses e o colégio, depois de celebrado o contrato com a Secretaria Regional de Educação receberá por aluno do terceiro ciclo 200 euros e do secundário (quando abrirem as primeiras turmas) 250 euros, “o que está definido na lei”.
“Este ano vamos trabalhar no fio da navalha porque o dinheiro vai ser curto mas estou convencido que os pais quando virem os resultados da aprendizagem dos filhos vão aderir em maior número”, frisa o promotor da iniciativa que lembra, ainda, que o Colégio de São Tomás também abriu com cem alunos e agora tem 1200.
O Colégio vai contar com apoios públicos da Grater e da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e o financiamento da Caixa Económica de Misericórdia de Angra, para as obras de melhoramento do espaço.
Esta proposta educacional nasce de uma “certeza recíproca”: o desejo dos pais em educar bem os seus filhos e um “horizonte que se apresenta como hipótese de encontro com a Verdade, a Justiça, a Beleza e o Bem: no desenvolvimento da razão, da liberdade e da afeição, cada aluno poderá tornar-se capaz de assumir responsável e criativamente a sua vida e de contribuir para o bem de todos.”, garantiu em abril o Pe João Seabra (Responsável máximo do Colégio de São Tomás), durante a apresentação pública do projeto, nos Paços do Concelho, em Angra do Heroísmo.