Presépios são oriundos de várias partes do mundo
A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo exibe até ao próximo dia 7 de janeiro a Exposição de Presépios , num total de 135, que fazem parte da coleção particular do Padre Duarte Gonçalves Rosa, cerimoniário da Sé.
Esta exposição pretende “revelar a riqueza do património cultural associada à representação de presépios, células ancestrais do Advento do Natal” referem os organizadores.
“Esta mostra espelha a diversidade cultural e a interculturalidade transversais a toda a humanidade, na iconografia, no imaginário e na relação com a religião” adianta ainda a nota.
A exposição integra presépios de diversas proveniências, nomeadamente da ilha Terceira, dos Açores, da Europa, da Ásia e da América do Sul.
“Estes cruzamentos e multiplicidade de representações patentes na exposição estão bem vincados pela diversidade e riqueza dos presépios, independentemente da sua origem, mas também pelos materiais utilizados, as técnicas, as linguagens estéticas, os cromatismos, a apropriação ou a imagética cultural, intercultural, a miscigenação, entre outros aspetos” sublinha a nota da organização.
O presépio é tradição entre as famílias católicas e montá-lo é um gesto que ajuda a preparar a celebração do nascimento de Jesus, lembrado em cada Natal.
O presépio habitualmente deve ser montado no 1º domingo do Advento e desmontado no dia 6 de janeiro, data em que a Igreja celebra a Solenidade da Epifania do Senhor.
O termo Presépio vem do latim Praesaepe, que significa estrebaria ou curral. A presença do Menino Jesus no estábulo demonstra a grandeza de Deus representada na fragilidade de uma criança. Começou a ser representado em 1223 por São Francisco de Assis que montou o primeiro presépio numa gruta, em Itália. Na época, a Igreja não permitia a realização de representações litúrgicas nas paróquias, mas São Francisco pediu a dispensa da proibição, para relembrar ao povo a natividade de Jesus Cristo.
O objetivo de São Francisco era facilitar a compreensão do nascimento de Jesus. E cada figura tem a sua função e o seu simbolismo.