Iniciativa Tocar do Céu arranca esta tarde. Celebração com cerca de centena e meia de jovens no topo da Montanha do Pico, presidida por D. Armando Esteves Domingues, acontece ao nascer do sol esta terça feira
Cerca de centena e meia de jovens de seis ilhas, oriundos de 11 ouvidorias da diocese de Angra, vão subir a montanha e no topo do Pico (2351m) assinarão um compromisso pela defesa da Casa Comum para que se transforme na “casa de todos”.
A iniciativa “Tocar o Céu”, realizada no âmbito das pré-jornadas da JMJ Lisboa 2023, e em véspera de começarem os dias nas dioceses, realiza-se hoje e amanhã. Os jovens, acompanhados do bispo diocesano, D. Armando Esteves Domingues, e de oito sacerdotes, irão subir em dois grupos. Os primeiros 16 jovens subirão já esta tarde, com o bispo diocesano e os dois principais responsáveis pela pastoral juvenil nacional e diocesana- padres Filipe Diniz e Norberto Brum, respetivamente- e pernoitarão na cratera do Pico, a onde esperarão pela subida dos restantes, que começará à meia noite. Ao nascer do sol está prevista a celebração de uma eucaristia, com a participação dos dois grupos.
No final desta celebração, os jovens serão convidados a assinar um pacto pela defesa da Casa Comum. O texto inspirado na encíclica Laudato Si convida os jovens a comprometerem-se na defesa do ambiente, numa perspetiva de ecologia integral. Por isso, para além das questões ambientais, os jovens são desafiados a fazerem um caminho conjunto, em Igreja e na sociedade, procurando que esta Casa Comum seja efetivamente casa para todos.
A diocese de Angra levará à Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, cerca de 900 jovens, contando já com os voluntários, de todas as ilhas açorianas. Como nem todos poderão subir à montanha, pelas 22h00 desta segunda-feira, haverá uma celebração conjunta, diocesana, em todas as igrejas JMJ da diocese, onde os jovens celebrarão em comunidade.
Na quarta-feira chegarão à diocese cerca de 200 jovens provenientes de cinco países, que serão acolhidos nas diferentes comunidades das ilhas Terceira e São Miguel. Vêm dos EUA, do Canadá, do México, da Alemanha e de Timor Leste e partirão rumo a Lisboa depois de terem contacto com a realidade cultural, social e espiritual dos Açores. Durante a estada, os jovens terão passeios pelos lugares mais emblemáticos das duas ilhas, tomarão contacto com a religiosidade popular açoriana e participarão em vários momentos de oração. Partirão, depois, para Lisboa. As missas de envio, ambas presididas pelo bispo de Angra, terão lugar a 29 de julho, em Ponta Delgada e a 30 de julho na Terceira.
Esta é uma iniciativa inédita que marcará a semana da pré-jornada, levando os jovens simbolicamente até ao ponto mais alto de Portugal.
Em declarações ao sítio Igreja Açores, o padre Norberto Brum sublinha que este “caminho de conversão é individual, mas feito em conjunto”, com o “sentido de entreajuda que também precisamos na vida”.
“Partindo do tema da Jornada Mundial da Juventude, queremos também, como Maria, colocarmo-nos em marcha e subir à montanha: vamos subir ao ponto mais alto dos Açores e de Portugal e de lá queremos gritar a grandeza e a beleza de nossa fé em Jesus Cristo, a alegria de sermos e vivermos em Igreja e como Igreja” refere o padre Norberto em declarações ao Sítio Igreja Açores.
“Ao subirmos à Montanha do Pico elevamos a JMJ ao ponto mais alto de Portugal para, tal como no Monte da Ascensão, sermos enviados, não apenas à Jornada Mundial da Juventude mas ao mundo, à Igreja” esclarece ainda o sacerdote.