Iniciativa convocada pelo Papa evoca em particular populações da R. D. Congo e Sudão do Sul
A Igreja Católica vive hoje uma jornada mundial de oração e jejum pela paz, convocada pelo Papa, evocando em particular as vítimas dos conflitos na R. D. Congo e Sudão do Sul.
“Perante o trágico arrastamento de situações de conflito em diversas partes do mundo, convido todos os fiéis para uma jornada especial de oração e jejum pela paz, a 23 de fevereiro, sexta-feira da primeira semana da Quaresma”, anunciou Francisco, no último dia 4, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.
Francisco precisou que este dia de oração é especialmente dedicado às “populações da República Democrática do Congo e do Sudão do Sul”, convidando outras comunidades religiosas a associarem-se à iniciativa.
“Como noutras ocasiões similares, convido os irmãos e irmãs não-católicos e não-cristãos a associarem-se a esta iniciativa, das formas que julgarem mais oportunas, mas todos juntos”, declarou.
O Papa convocou uma jornada semelhante, em setembro de 2013, pela paz na Síria.
A 23 de novembro de 2017, Francisco presidiu a uma oração pela paz no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo, no Vaticano.
A República Democrática do Congo tem estado no centro de vários apelos do pontífice, nas últimas semanas, após a repressão violenta de manifestações contra o presidente Joseph Kabila.
Quanto ao Sudão do Sul, afetado pelo conflito que se iniciou em dezembro de 2013 – quando o presidente, Salva Kiir, acusou o vice-presidente ex-líder dos rebeldes, Riek Machar, de planear um golpe de Estado -, o Papa anunciou que “tinha decidido fazer-lhe uma visita”, mas não foi possível deslocar-se ao país africano.
A jornada de hoje que dar voz aos que “gritam a Deus, na dor e na angústia”.
“Dirijo um forte apelo que também nós escutemos este grito e, cada um na sua própria consciência, diante de Deus, se questione: ‘O que posso fazer eu pela paz?’”, disse Francisco.
“Podemos rezar, com certeza, mas não só: cada um pode dizer ‘não’, concretamente, à violência, no que dependi de si”, acrescentou.
O Papa declarou que as vitórias obtidas com a violência são “falsas vitórias” e que, pelo contrário, “trabalhar pela paz faz bem a todos”.
(Com Ecclesia)