Mais de 2500 pessoas morreram no mar quando tentavam alcançar a Europa, em 2015
A confederação internacional da Cáritas defende que a atual crise dos refugiados na Europa exige uma ação concertada de “solidariedade” e de “proteção a estas populações.
“A nível global é tempo de agir: há demasiado tempo que os nossos governos pensam que podem resolver a questão da mobilidade humana com meias medidas. É tempo de agir, de mostrar solidariedade, de dar proteção aos que dela precisam, levando a cabo esforços de paz e investindo no desenvolvimento”, refere a organização católica de ação humanitária, em nota divulgada através da sua página na internet.
O texto alerta em particular para a responsabilidade da União Europeia, como “comunidade de valores”.
“É compreensível que nem todos os países possam receber o mesmo número de pessoas, por motivos geográficos e económicos, mas um gesto de solidariedade pode dar o exemplo a outros e mostrar humanidade”, acrescenta a Cáritas Internacional.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados anunciou hoje que mais de 300 mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo desde janeiro e mais de 2500 pessoas morreram no mar quando tentavam alcançar a Europa, em 2015.
Os dados não incluem as pelo menos 76 pessoas que morreram e 198 resgatadas esta quinta-feira naufrágio ao largo da cidade de Zouara, a cerca de 160 quilómetros a oeste da capital da Líbia.
Também na quinta-feira, na Áustria, mais de 70 corpos em decomposição foram encontrados num camião abandonado junta à autoestrada.
CR/Ecclesia