O cardeal-patriarca de Lisboa agradeceu hoje ao Papa pela sua presidência da JMJ 2023 e pela sua mensagem, que “não exclui ninguém”.
“Desde o primeiro momento, Santo Padre, aceitastes e estimulastes a realização desta Jornada. Quisestes que ela fosse ocasião de encontro duma multidão juvenil provinda dos cinco continentes, aberta e proposta a todos com a largueza do Evangelho de Cristo, que não exclui ninguém e globalmente se oferece”, declarou D. Manuel Clemente, na saudação inicial da Missa que reúne mais de um milhão de pessoas, no Campo do Encontro.
Na primeira JMJ depois da pandemia, o patriarca de Lisboa sustentou que a Jornada deste ano “será lembrada no futuro, como momento decisivo duma geração que construirá um mundo mais belo e mais fraterno”.
O responsável português deixou o seu “obrigado” a Francisco, por esta experiência “muito especial”, ao longo dos últimos cinco dias.
“Vossa Santidade deu-nos tantos nestes dias, com a presença, a palavra e os gestos que generosamente repartiu, que nunca mais deixaremos de lhe retribuir com imensa gratidão e oração constante pela vida, saúde e ministério de Vossa Santidade. Muito obrigado!”, referiu.
“Quisestes que a Jornada fosse, muito especialmente para os jovens, uma ocasião de reencontro e encorajamento no sentido da solidariedade e da construção dum mundo mais capaz de corresponder às justas aspirações de todos, depois duma pandemia que os confinou e de tudo o mais que os possa alhear dos outros e do melhor de si próprios”, afirmou.
O patriarca de Lisboa destacou o apoio do Papa para que a JMJ 2023 pudesse superar “adiamentos e obstáculos, que não faltaram também”.
“A vossa figura e o vosso exemplo, Santo Padre, concitaram desde logo a cooperação e o apoio de contribuições pessoais e institucionais que não faltaram. Do Estado às autarquias, muito em especial, que permitiram fazer deste bela terra de Lisboa e Portugal a terra duma multidão provinda do mundo inteiro”, acrescentou, saudando ainda colaboradores e voluntários.
Para D. Manuel Clemente, as mensagens “sugestivas e mobilizadoras” de Francisco ultrapassam as fronteiras da Igreja.
“Todos estão convosco nesta Santa Missa, dando graças a Deus pela Jornada Mundial da Juventude Lisboa/2023. E como tudo o que a Deus se devolve, também este momento final readquire a frescura original. Essa mesma, que nem a idade nem os problemas de saúde retiram a Vossa Santidade. Neste sentido, sois o mais jovem entre os jovens que aqui estão. Muito obrigado, Santo Padre”, concluiu.
Lisboa recebeu desde terça-feira a primeira edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em território português, com a presença de centenas de milhares de participantes dos cinco continentes.
Portugal é o 13.º país a acolher este encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, sob a presidência do Papa.
Até hoje houve 15 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).
(Com Ecclesia)