Cardeal brasileiro defende «simplicidade» e «compaixão» como marcas da Igreja

D. Raymundo Damasceno Assis presidiu à Missa da noite da peregrinação de maio

O cardeal-arcebispo de Aparecida, D. Raymundo Damasceno Assis, disse hoje em Fátima que a “simplicidade” e a “compaixão” com os mais fracos devem ser marcas da Igreja Católica.

“A fragilidade é o meio escolhido por Deus para realizar a sua obra; a Igreja deve sempre lembrar-se de que não se pode afastar da simplicidade”, referiu, na homilia da Missa da noite da peregrinação internacional de maio.

O cardeal brasileiro sublinhou a devoção à Virgem Maria que une os católicos brasileiros e portugueses: “Em Aparecida, com justiça viu-se na cor negra da imagem a compaixão e a solidariedade com os sofridos escravos e seus descendentes. Em Fátima, a oração e os sacrifícios pelos pecadores”.

“Os pobres e os pecadores estão no coração desta Mãe amorosa, que soube estar ao lado da Cruz de seu Filho e sabe agora continuar ao lado dos filhos que dela mais precisam”, acrescentou.

D. Raymundo Damasceno Assis observou que a solidariedade com “os pobres” e “os pecadores” fica pelo “simples compadecer-se” sem chegar a sofrer verdadeiramente com os que sofrem.

“Peçamos à Virgem Maria que reúna em nós os dois sentimentos que configuram a verdadeira compaixão: a solidariedade, para que os sofredores consigam vencer o sofrimento e, ao mesmo tempo, uma verdadeira submissão à vontade de Deus, que é sempre vontade de amor”, apelou.

O cardeal tinha presidido ao fim da tarde à cerimónia de entronização de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, sinal da “união” entre Portugal e Brasil.

A celebração marcou o início da peregrinação de maio, com a presença de milhares de pessoas, incluindo 128 grupos organizados de 29 países.

Esta entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida faz parte das comemorações dos 300 anos do ‘achamento’ da imagem da ‘Mãe Aparecida no rio Paraíba do Sul’, que será celebrado em 2017, ano do centenário das aparições de Fátima.

“Esta Santa Missa e a solene entronização de Nossa Senhora Aparecida neste santuário, cuja imagem foi levada em procissão da Capelinha das Aparições até uma das entradas principais do recinto, reavive em nós, que fomos santificados em Cristo, o vivo desejo da santidade”, apelou D. Raymundo Damasceno Assis, na Missa da noite.

CR/Ecclesia/Lusa

 

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