O programa da viagem do Papa ao Canadá, que se inicia no próximo domingo, inclui uma celebração pela reconciliação, a 28 de julho, no Quebeque, com participação especial de comunidades indígenas.
“Pelas populações autóctones e pela nossa nação: que as palavras e gestos de reconciliação abram caminho a um futuro cheio de esperança”, refere uma das preces da Missa, no Santuário de Santa Ana de Beaupré, Quebeque.
A Santa Sé divulgou hoje o Missal da visita pontifícia, que Francisco apresentou este domingo como uma “peregrinação penitencial”.
O Santuário de Santa Ana de Beaupré é um dos locais de peregrinação mais antigos e populares da América do Norte, que atrai mais de um milhão de pessoas por ano.
Para a Missa de 28 de julho, os organizadores estimam a presença de 10 a 15 mil pessoas, dentro e fora da basílica; 70% dos lugares estão reservados para representantes das comunidades indígenas.
A mesma preocupação está presente no logotipo, que o Vaticano apresenta como um “design indígena com rico simbolismo”.
“O processo criativo é inspirado na natureza, principalmente nas terras da minha família em St. Laurent, Manitoba, uma comunidade mestiça”, refere o autor do desenho, Shaun Vicente.
Em declarações ao portal de notícias do Vaticano, o artista indígena detalha os vários símbolos apresentados: “A comunidade está no centro do que eu queria retratar, com a rena e manadas de bisões, os peixes e as águias, com uma pomba da paz e as chaves de São Pedro representando o Espírito Santo e o Papa – colocadas entre os animais e elementos da terra, céu e água”.
A viagem, entre 24 e 30 de julho, vai passar pelas cidades de Edmonton, Quebeque e Iqaluit – que abriga o maior número de Inuítes, os membros da nação indígena esquimó.
(Com Ecclesia)