Durante três dias, as sete comunidades de São Miguel participaram ativamente na “celebração” do Caminho
O primeiro “convívio” que marca o arranque das atividades do novo ano pastoral do Caminho Neocatecumenal na ilha de São Miguel, e que terminou este domingo, em Ponta Delgada, reafirmou a importância da família.
Durante três dias, 90 elementos pertencentes às sete comunidades do Caminho, na ilha “celebraram, refletiram e receberam uma catequese” sobre a família.
“Não foram conferências- como nunca são- mas momentos celebrativos onde, à luz da palavra de Deus, vamos refletindo sobre o tema em destaque e que finalizamos com uma eucaristia”, disse ao Sítio Igreja Açores Lourenço Tourais, um dos elementos da equipa itinerante de catequistas do Caminho, na Diocese de Angra.
De resto, o catequista ao dirigir umas breves palavras a todos os “irmãos”, no momento anterior ao inicio da Eucaristia lembrou que “só haverá famílias novas se o coração dos homens se transformar o que só acontecerá se se deixarem tocar por Deus”.
No final do retiro, em declarações ao Sítio Igreja Açores, também o sacerdote que integra a equipa itinerante de catequistas nas dioceses de Angra, Funchal e Cabo Verde, o espanhol Pe Angel, lembrou que o Sínodo foi muito “concreto” nas suas conclusões “porque reafirma o seu apoio à família”
“O sínodo deu uma palavra concreta: as situações irregulares não podem ser aceites porque são um ataque à família e este sínodo vale essencialmente porque reafirma o seu apoio à família”, diz o sacerdote de Salamanca, sublinhando “a beleza dos documentos da igreja sobre a família”.
“É na família que se conhece e se experimenta o amor de Deus e o sínodo está nesta linha. Por isso, é uma grande palavra para toda a humanidade”, embora “seja a palavra do Papa a final”.
Também Paula Tourais, elemento da equipa de catequistas expressou a sua satisfação pelo reforço da importância “do modelo da família que a Igreja defende há milénios”.
Este retiro foi o segundo feito na diocese para assinalar o inicio das actividades do Caminho na Diocese. O primeiro foi no Pico, onde existem duas comunidades e o próximo será na Terceira, no próximo fim de semana, juntamente com os elementos das quatro comunidades locais.
Depois deste retiro, “segue-se o ritmo normal” do Caminho, “enquanto iniciação cristã, através da redescoberta do batismo”.
“Cada comunidade está no seu passo desta caminhada, o que vamos fazer ao longo do ano é acompanhar esta caminhada das comunidades”, procurando que em cada uma delas e a partir de cada uma delas, “com um ritmo próprio se possa avançar com novas comunidades”, disse ainda Lourenço Tourais.
A grande novidade deste ano é que irá haver em Abril um Retiro de sacerdotes ligados ao Caminho, “ou que tenham alguma proximidade”, em Israel, e que acontecerá em Abril.
Nos Açores são cinco os sacerdotes mais comprometidos com o Caminho, embora em todas as comunidades paroquiais onde está presente haja alguma familiaridade com os sacerdotes párocos. O último encontro deste género realizou-se há sete anos e foi “muito útil porque é uma semana onde se expõe e vive toda a caminhada”.