Bombeiros podem requerer assistente espiritual ao Bispo diocesano

Nos Açores há um sacerdote que além de integrar a Associação como bombeiro presta auxílio espiritual

Foto: SRPCA- Bombeiros de Ponta Delgada

As associações humanitárias de Bombeiros podem a partir de agora requerer aos bispos das suas dioceses a nomeação de um assistente espiritual que garanta a assistência religiosa à associação e respetiva corporação.

Nos Açores há já uma corporação que tem um assistente que integra formalmente também a corporação como voluntário. O Padre Norberto Brum é o assistente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada. Além de capelão desta corporação, o sacerdote será doravante o elo de ligação entre a diocese e a Capelania Nacional que tem como capelão-mor da Liga Nacional dos Bombeiros Portugueses, o cardeal D. Américo Aguiar, assumindo a coordenação dos capelães de bombeiros dos Açores.

Além de ser membro da Associação Humanitária dos Bombeiros de Ponta Delgada e de fazer parte d,a corporação como adjunto do comando, pelo facto de ser capelão , o padre Norberto Brum é vice- presidente da Direção da Associação há mais de 20 anos. Esta é, de resto, a única Associação que integra um sacerdote na corporação.

“Nos momentos mais difíceis estar presente para dar apoio e esperança, até às próprias corporações. Isso já aconteceu em algumas situações  e foi uma experiência muito significativa mas como não havia qualquer  capelania os bombeiros de Ponta Delgada quiseram assumir este trabalho colocando-me como adjunto do comando” conta o sacerdote lembrando a experiência que tem tido nesta corporação.

“Mais do que vestir a farda é preciso assumir a atitude e o serviço, com capacidade de entrega e disponibilidade porque senão não vale a pena. A doação é algo marcante. Ser bombeiro e estar ao serviço do outro, o risco da própria vida, é uma forma de ser e de estar e de viver a vida”, refere o sacerdote.

Cada associação que assim o deseje deverá, agora, solicitar ao bispo diocesano a nomeação de um assistente, evitando assim, que o serviço seja desempenhado sem que haja uma nomeação formal, como de resto já acontece em muitas ilhas.

A medida tomada pelo Capelão Nacional, em parceria com os bispos portugueses e com a Liga Nacional dos Bombeiros é justificada pela urgência que existe numa assistência religiosa aos bombeiros em todos os momentos da sua atividade, dignificando também a própria assistência espiritual de forma regular.

 

 

 

 

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