Por António Pedro Costa
O “Jubileu da Esperança” é o nome dado ao Ano Santo de 2025, um período especial de graça e renovação espiritual, promovido pela Igreja e inaugurado pelo Papa Francisco, em 24 de dezembro de 2024, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, em Roma.
Com efeito, trata-se de um tempo dedicado à reconciliação, à vivência profunda da misericórdia divina e à renovação da fé, em que o tema central é “A esperança não engana”, destacando a confiança inabalável no amor de Deus. Durante este período, os fiéis são convidados a participar em peregrinações, celebrações litúrgicas e atos de caridade, refletindo sobre a essência da esperança cristã, indica-nos o Santo Padre.
Estamos, assim, todos convocados a refletir sobre a esperança cristã, como um pilar essencial na vida espiritual e nas relações humanas. Este evento será uma oportunidade única para todos os fiéis, pois o Papa Francisco pretende que este ano santo seja um período de renovação espiritual, onde os católicos reflitam sobre o papel da esperança especialmente em tempos difíceis. O Papa tem destacado a importância da esperança como algo que transcende as dificuldades e que é ancorado na fé cristã.
Durante este jubileu, a Igreja espera promover momentos de encontro pessoal com Deus, por meio da oração, da celebração e dos sacramentos. Além disso, haverá uma ênfase particular nas relações humanas, incentivando a uma visão positiva e esperançosa da vida, mesmo nestes tempos conturbados de crise mundial.
Como faz parte da tradição nos anos santos, há a possibilidade de peregrinação a lugares designados e espalhados por toda a nossa Diocese de Angra, proporcionado a todos os açorianos que procurem não apenas um espaço de oração privilegiado, mas também um caminho de reconciliação consigo mesmos e com Deus.
Só tem sentido um ano santo se este se refletir em ações concretas de solidariedade e justiça social, tendo mesmo o Papa Francisco incentivado os fiéis a viverem uma espiritualidade de serviço ao próximo, ajudando aqueles que mais necessitam.
Espera-se que este ano santo da esperança também seja um momento para se aprofundar o diálogo entre as religiões, buscando o entendimento mútuo e a promoção de uma cultura de paz e respeito. O Papa Francisco tem sido um peregrino do ecumenismo e do diálogo inter-religioso, pelo que tal atitude, deveria igualmente refletir-se em ações e iniciativas neste jubileu.
A Igreja espera que a celebração deste ano jubilar não seja apenas “folclore”, mas contribua para a transformação interior dos fiéis e para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e pacífica.
Recomendação de um livro
História da Esperança é um livro de Ellen G. White. Tal como o nome indica, a autora, apesar de apresentar a origem do mal e do sofrimento, fala sobretudo sobre a esperança e a felicidade. A sua leitura leva-nos a compreender as circunstâncias em que vivemos, mas também a deixar para trás as sombras e os pesares e a aceitar uma nova vida, lado a lado com Deus e abre-nos a perspetiva de um mundo novo, onde não haverá mais lutas, medos, doenças, lágrimas ou dor.