A Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana assinalou o 1.º aniversário da encíclica ‘Fratelli Tutti’ com uma nota, na qual evoca o “clamor dos pobres e de todos os excluídos”, uma prioridade do atual pontificado.
“Ao longo deste ano em que continuamos a experimentar os efeitos de uma pandemia, o seu convite iluminou o nosso caminho: convite à esperança e convite à universalidade”, refere o texto, enviado à Agência ECCLESIA.
A reflexão aponta a alguns dos próximos eventos globais que vão ser promovidos pela Igreja Católica, pedindo que os mesmos sejam oportunidade para implementar o ensinamento da encíclica.
“A Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana convida todas as comunidades cristãs a dar graças a Deus por nos podermos reconhecer seus filhos e irmãos de todos os homens e mulheres do mundo. E a ouvir o clamor dos pobres e de todos os excluídos na resposta que nos é solicitada no caminho sinodal para a Assembleia de 2023”, indica a nota.
A fraternidade da nossa condição humana há de também abrir o nosso coração na preparação da Jornada Mundial da Juventude que ocorrerá em Lisboa e no acolhimento aos jovens que nos chegarão do mundo inteiro”.
A carta-encíclica ‘Fratelli tutti’, sobre a fraternidade e a amizade social, foi assinada simbolicamente em Assis, a 3 de outubro de 2020, na véspera da memória litúrgica de São Francisco.
“Queremos manifestar hoje, um ano volvido, o nosso agradecimento ao Papa Francisco por esta sua encíclica e também pela ‘Laudato si’, sobre o cuidado da Casa Comum (2015) – as suas duas encíclicas sociais – que refletem o seu dinamismo e a sua determinação na construção de um mundo mais justo e mais fraterno”, referem os membros da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
A ‘Fratelli Tutti’ (Todos Irmãos) foi publicada a 4 de outubro, denunciando o que o Papa qualifica como “globalismo” do mercado de capitais, que responsabiliza pelo aumento de desigualdades e injustiças sociais.
O texto dedicado à “fraternidade e amizade social” apela a uma “globalização dos direitos humanos mais essenciais” e propõe a redescoberta de uma “dimensão universal capaz de ultrapassar todos os preconceitos, todas as barreiras históricas ou culturais, todos os interesses mesquinhos”.
(Com Ecclesia)