Mensagem assinala 25.º aniversário da APEC, associação que representa as instituições
A Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé pediu que os pais tenham liberdade de escolha para a escola dos seus filhos, numa mensagem em que saúdam os pais e alunos das instituições católicas de ensino, em Portugal.
“Como primeiros educadores dos vossos filhos, bem desejamos que vós possais escolher a escola que entenderdes, sem entraves financeiros ou outros”, indicam os bispos, no texto publicado a propósito dos 25 anos da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), que se assinala esta quinta-feira.
O organismo da Conferência Episcopal Portuguesa apela à “promoção da liberdade de educação”, desejando que as escolas católicas possam ser “abertas a todos, privilegiando os mais frágeis”.
O documento, enviado à Agência ECCLESIA, evoca “todos os alunos que cresceram (e crescem) em sabedoria, estatura e graça no seio de uma Escola Católica” e os pais que acreditaram “numa educação que assenta nos valores evangélicos”.
Os responsáveis sublinham a importância da “colaboração com as famílias na construção do projeto de educação” e o papel das instituições que integram a APEC para o sistema educativo e a rede escolar, “colmatando lacunas e afirmando uma marca peculiar, insubstituível e tão expressivamente procurada”.
“Congratulamo-nos pelo bem que a APEC tem feito durante este quarto de século: como realidade eclesial na senda da evangelização e na promoção da identidade e missão das escolas católicas; no estímulo para a comunhão, partilha e cooperação, gerador de sinergias”.
A nota dirige-se a responsáveis de congregações religiosas, de escolas diocesanas ou de associações privadas de fiéis, irmãs, irmãos, sacerdotes, leigos, que, “superando dificuldades de diversas ordens”, mantêm as portas das suas escolas “abertas a quem deseja entrar”.
“Não desistais nunca, porque a missão das vossas escolas insere-se plenamente nos desígnios da Igreja, como espaço eclesial que são”, escrevem os bispos.
A saudação estende-se aos “educadores docentes e não docentes” que dão vida a projeto educativo de cada instituição, no dia a dia.
“Queremos exprimir a nossa alegria por sentir bem vivo e com ardor renovado um setor da Igreja que acolhemos, desde sempre, com toda a atenção e com todo o carinho”, assinala a nota.
“É fundamental a Escola Católica viver intensamente a sua identidade e missão e adequá-la a um mundo em mudança, maioritariamente secularizado e com muitos desafios. E neste cenário nem sempre favorável, ser resposta para os anseios mais profundos da pessoa humana, abrindo-a à sua vocação de transcendência”.
A Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé assume a necessidade de “encontrar respostas a questões interpelantes e prementes”, como a diminuição das vocações e o seu impacto na continuidade de projetos educativos, a “escassez de colaboradores qualificados e identificados com a fé cristã, a premência de lideranças fortes e estáveis”.
“É necessário promover a articulação harmoniosa de todos os atores educativos da Escola Católica, em interação com a realidade eclesial, mas também com a envolvente realidade social e – sem esquecer a determinante responsabilidade do Estado, em matéria de liberdade e de subsidiariedade – a realidade política, na construção do ‘Pacto Educativo Global’ que insistentemente nos tem falado o Papa Francisco”, sustentam os bispos.
A APEC e o Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) vão promover em Fátima, nos dias 10 e 11 de outubro, o II Congresso Nacional da Escola Católica, no âmbito dos 25 anos da associação.
De acordo com um comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o congresso tem o objetivo “promover a identidade e a missão da Escola Católica”, “afirmar o papel marcante e insubstituível da Escola Católica na Igreja e na sociedade portuguesa” e “favorecer o debate em torno dos sete compromissos com o Pacto Educativo Global”.
(Com Ecclesia)