Prelado diocesano preside à missa da Sé animada pelo Grupo Coral de Nossa Senhora dos Anjos, da Fajã de Baixo
A “verdadeira” vida cristã pressupõe que se viva a fé para além dos ritos celebrativos e isso implica uma “nova etapa da vida evangelizadora”, disse este domingo o Bispo de Angra na Sé Catedral, na missa a que presidiu e que foi animada, pela primeira vez, pelo Grupo Coral da Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos, da Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.
O responsável pela Igreja açoriana, que acaba de difinir as orientações pastorais para o próximo ano, insistiu na prioridade da “saída em chave missionária”, propondo uma “nova evangelização” que recoloque a alegria do evangelho no centro da mensagem dos cristãos no seu dia a dia.
“Não se trata de uma mensagem nova em termos de conteúdo mas de novas modalidades de evangelização pois não pode ficar tudo na mesma”, sublunhou D. António de Sousa Braga apelando a uma “revisão” da postura da igreja – clero e leigos.
O “acompanhamento”, o espírito missionário do “encontro” e do “acolhimento”, mesmo “que se corram riscos” constituem o “principal desafio que temos pela frente” neste tempo, frisou o Bispo de Angra.
O prelado diocesano que voltou a presidir a uma celebração na Sé lembrou as palavras de Jesus- Fazei isto em memória de mim- para sublinhar o significado desta interpelação.
“Não é apenas o rito celebrativo. Temos de celebrar a memória de Jesus, também na vida de cada dia, transformando-a numa oferenda permanente de serviço e de amor”, disse D. António de Sousa Braga.
“Comungando o corpo entregue do Senhor e o Seu sangue derramado, ficamos habilitados também nós a fazer da nossa vida um «ofertório continuado», entregando-nos generosamente ao serviço dos outros e da comunidade”, afirmou ainda.
Para o Bispo de Angra a Eucaristia “é o centro” da vida cristã e o mais importante é conseguir transpo-la para o dia a dia.
O Bispo de Angra presidiu à celebração liturgica deste domingo na Sé, animada pelo Grupo Coral da Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos, da Fajã de Baixo.
É a primeira vez que o Grupo atua na Catedral e esta deslocação, envolvendo 30 pessoas, insere-se num convite feito diretamente pelo prelado diocesano.
O Grupo Coral da Fajã de Baixo foi criado na década de 40 do século passado mas só a partir de 2000 ganhou a forma atual.
É composto por 24 vozes e cinco instrumentistas e é dirigido desde o ano passado pelo maestro Odilardo Rodrigues.
D. António de Sousa Braga volta a presidir amanhã à missa de homenagem a D. Aurélio Granada Escudeiro, na passagem do segundo aniversário da sua morte.