Novena começa a 30 de agosto e todos os dias haverá a possibilidade dos peregrinos celebrarem o sacramento da reconciliação entre as 16h00 e as 20h00
O Santuário Diocesano de Nossa Senhora dos Milagres, na Serreta, ilha Terceira, prepara-se para acolher a sua grande festa que este ano terá como tema “Senhor, ensina-nos a orar” e voltará ser presidida pelo bispo de Angra, no dia 8 de setembro, às 16h00 (hora da missa solene, seguida de procissão).
Durante os dias da novena, que começa a 30 de agosto e se prolonga até 7 de setembro, o Santuário estará aberto entre as 8h00 e as 24h00, possibilitando o sacramento da Reconciliação entre as 16h00 e as 20h00, altura em que se inicia a eucaristia com pregação do padre Nélson Pereira, pároco das Lajes e responsável pelo recém criado Serviço Coordenador da da Formação. Diariamente, durante a novena, às 19h30 haverá Terço meditado por diferentes grupos desde os Romeiros do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, ao Movimento da Mesnagem de Fátima, Movimento Cursilhos de Cristandade ou Equipas de Nossa senhora.
A festa da Serreta é a mais importante festa de verão da ilha Terceira. Segundo os registos históricos, esta festa tem origem no século XVII e está ligada a vários momentos difíceis da história do arquipélago e de Portugal, com as comunidades a virarem a sua esperança para Maria.
De modo particular destaca-se o período em que Portugal se viu envolvido na guerra entre a França e a Espanha contra Inglaterra. Numa altura em que a Ilha Terceira não tinha qualquer tipo de fortificações e estava quase indefesa, a esperança das autoridades e das pessoas voltou-se para a intercessão de Nossa Senhora dos Milagres, cuja imagem estava colocada na igreja das Doze Ribeiras.
Ficou a promessa de que caso a ilha não sofresse qualquer investida inimiga, a comunidade iria promover uma festa anual em honra de Nossa Senhora, o que veio a acontecer.
A primeira celebração dedicada a Nossa Senhora dos Milagres aconteceu a 11 de setembro de 1764 mas esta devoção afirmou-se definitivamente a partir de 1842. A construção da igreja começou em 1819, liderada pelo general Francisco António de Araújo, e foi concluída em 1842.