D. Armando Esteves Domingues cumpriu hoje o quarto dia da Visita Pastoral e desafiou os jovens marienses a participarem na Aldeia da Esperança: “eu vou lá estar, mas o importante é que vocês estejam também”
Os doentes, os jovens, mas sobretudo os pais, estiveram hoje muito presentes nas palavras que o bispo de Angra dispensou aos marienses que participaram nas duas celebrações a que presidiu, primeiro na Santa Casa da Misericórdia de Vila do Porto e depois na Igreja da Almagreira, Igreja Jubilar da ilha de Santa Maria.
“José que celebramos, e que nunca fala no Evangelho, é um homem bom, terno e obediente, aceitou Maria contra todas as regras da época e foi um homem de sonhos, nunca de hesitações, que seguiu sempre a voz de Deus”, começou por dizer D. Armando Esteves Domingues na homilia da Missa a que presidiu na Almagreira, durante a qual crismou 5 pessoas, 3 jovens e dois adultos.
“Caros pais, sonhai a vida, a vossa, com a esposa, mãe dos vossos filhos e sonhai a vida dos vossos filhos e este sonhar é descobrir a vontade de Deus: escolher a melhor atitude, a melhor decisão”, como São José.
“Sonhemos a voz de Deus, para além das vozes do mundo: dos desencantos, das desilusões, das tentações” disse ainda sublinhando que José optou sempre pelo caminho de Deus.
“Façamos também o mesmo. Ouçamos a voz de Deus e não as outras vozes que nos distraem” exortou o prelado, pedindo igualmente que se ouça “a voz dos irmãos” porque “todos precisamos de caminhar juntos”, em Igreja e na sociedade.
“Todos somos uma família” disse dirigindo-se em particular aos jovens que hoje celebraram a sua confirmação na fé.
“Segui os sinais; discerni a vossa vocação mas fazei-o sempre à luz da fé” disse o bispo de Angra que tem terminado sempre a visita às comunidades com uma celebração eucarística, no final do dia.
“Não vos peço que deixeis de ser jovens, precisamos da vossa alegria” enfatizou o prelado que deixou um apelo à participação dos jovens marienses na Aldeia da Esperança, evento jubilar da diocese de Angra que se realizará na Caldeira da Fajã de Santo Cristo, na ilha de São Jorge, de 21 a 25 de julho.
“Eu vou lá estar; fui o primeiro a inscrever-me, mas o importante é que vocês estejam também” disse D. Armando Esteves Domingues.
“São vocês que vão fazer a Aldeia da Esperança, que a vão construir para todos os Açores. Vós sois os principais construtores da esperança” disse ainda recordando uma vez mais que espera que esta confirmação na fé seja o sustento para que, no presente e no futuro, possam ser sempre “homens e mulheres disponíveis para fazer o bem”.
“Há muitas guerras no mundo que destroem a harmonia dos povos; que vós sejais instrumentos de paz e de unidade e nunca instrumentos do mal”, afirmou D. Armando Esteves Domingues.
Esta manhã o bispo de Angra visitou a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria, depois a PSP e a Escola do primeiro ciclo de Vila do Porto, tendo passado pela Unidade de Saúde de Santa Maria.
Os doentes estiveram esta quarta-feira, como têm estado ao longo desta visita pastoral, na primeira linha das preocupações de D. Armando Esteves Domingues. Ao início da tarde, o bispo de Angra esteve na Santa Casa da Misericórdia de Vila do Porto, uma instituição que tem um Lar de idosos, a Creche “O berço da ilha”, um Gabinete de apoio à família, um Centro Atividades e Capacitação para a Inclusão e um centro atividades de tempos livres. O Bispo esteve particularmente com os idosos, com quem concelebrou.
Na homilia aproveitou para sublinhar o papel das misericórdias que nasceram para responder às necessidades físicas e morais das pessoas e, por isso, apelidou de “distribuidoras da misericórdia de Deus, nas obras corporais mas também das espirituais”.
“Em cada época os desafios são idênticos e o desejo de um ambiente onde vença o amor, a misericórdia e o perdão onde vença a boa palavra e os gestos de caridade, onde exista Jesus é um desejo de sempre pelo qual temos de nos empenhar”, disse.
Durante a tarde, o bispo de Angra ainda visitou a Casa do povo e a Junta de Freguesia da Almagreira e reuniu-se com os movimentos paroquiais desta zona da ilha que conta, segundo o censos de 2021, com pouco mais de 600 habitantes.