Bispo de Angra pede aos futuros licenciados que rejeitem o facilitismo e o desprezo pelos outros

D. João Lavrador envia mensagem aos finalistas do Pólo de Ponta Delgada da UAç a quem pede para serem construtores de uma nova ordem social

Cerca de duas centenas de alunos do pólo de Ponta Delgada da Universidade dos Açores benzeram hoje as suas pastas numa missa celebrada na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no Lajedo, pelo Vigário Episcopal para a zona Nascente, Cónego Adriano Borges.

A queima das fitas está agendada para dia 25 de abril. Em Angra a bênção e a queima das fitas realizar-se-á no dia 6 de maio, numa celebração que decorrerá na Sé e será presidida pelo ouvidor de Angra, Cónego Ricardo Henriques.

O bispo de Angra enviou uma mensagem aos finalistas deste ano desafiando-os a serem construtores de uma sociedade onde impere uma nova ordem social que escape ao facilitismo e rejeite o desprezo pelo outro.

“Tende coragem de resistir aos modelos de facilitismo e de sucesso demolidor das verdadeiras relações humanas; procurai sempre pautar a vossa vida pela verdade, pelo amor, pela justiça e pela paz; considerai sempre a outra pessoa como verdadeiramente irmã e a merecer a sua dignidade respeitada e promovida; lutai contra toda a autossuficiência, egoísmo e domínio sobre os outros; fazei da vossa vida um constante serviço à pessoa e à sociedade” apelou D. João Lavrador na mensagem que foi lida aos estudantes finalistas dos diferentes cursos.

“Vós sereis os construtores de uma nova ordem social na qual a paz, a justiça, a fraternidade autêntica, a igualdade, a verdade e o amor tomarão cidadania e penetrarão profundamente nas opções, nos critérios e nos valores da humanidade na qual nos integramos” acrescentou o bispo na mensagem dirigida a quem termina a fase de estudo e vai entrar no mercado de trabalho.

O prelado diocesano lembrou que o futuro se abre “com muitas nuvens cinzentas”, seja no domínio do emprego digno e adequado a cada um, seja na ordem económica e social, seja no domínio dos valores ou contra valores que hoje imperam na sociedade, onde se “sente que algo não está bem e urge alterar muitas das opções, critérios e situações com as quais nos defrontamos no dia a dia”.

“A pobreza, a marginalização e a exclusão social de tantas pessoas demonstram que estamos numa sociedade desumana”, acrescentou D. João Lavrador que pediu aos jovens capacidade para trilhar novos caminhos para a construção de uma sociedade mais humana.

Além do Vigário Episcopal para a zona Nascente esteve também presente o assistente diocesano da pastoral universitária, Pe. Paulo Vieira.

 

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