A advogada Paulina Oliveira, distinguida pela Ordem dos Advogados, sucede a outro leigo José Gabriel Rodrigues que sai por motivos de idade e de saúde
Paulina Oliveira, advogada, foi hoje nomeada juíza do Tribunal Eclesiástico da Diocese de Angra, pelo bispo D. Armando Esteves Domingues, sendo a primeira mulher a ocupar este lugar.
A nova Juíza do Tribunal Eclesiástico diocesano sucede a José Gabriel Rodrigues, que deixa o cargo por motivos de idade e de saúde, é natural da Vilanova, concelho da Praia da Vitória e foi igualmente a primeira mulher advogada na ilha Terceira, tendo sido distinguida no ano passado com a medalha de Mérito da Ordem dos Advogados.
Integram este Tribunal Eclesiástico da Diocese de Angra o Vigário Judicial, cónego João Maria Mendes, o Vigário judicial Adjunto, padre Hélder Miranda Alexandre, como auditores os padres Nemésio Medeiros e Agostinho Lima de São Miguel; o padre João Bettencourt das Neves do Pico; o padre Paulo Silva, do Faial; o padre Dinis Silveira, de São Jorge e como promotor de justiça e defensor do vínculo o cónego Gregório Rocha. O tribunal tem ainda dois notários, os padres José Francisco Sousa e Luís Silva.
Na ocasião da tomada de posse da nova Juíza, o bispo de Angra agradeceu a disponibilidade para o oficio reconhecendo o trabalho desenvolvido pelo seu antecessor a quem entregou um pergaminho com a bênção papal.
O Tribunal Eclesiástico, segundo o Código de Direito Canónico da Igreja Católica, é um tribunal da Igreja que realiza a justiça canónica, além de orientar os cristãos católicos em situações diversas, como por exemplo a situação de apreciação do pedido de nulidade do matrimónio, os problemas de indisciplina de pessoas do clero e de leigos, as faltas contra os sacramentos e outros assuntos. Ele é de fundamental importância para o exame, a discussão e a decisão de um assunto em questão de competência da Igreja.