Este grupo multidisciplinar vai articular com as ouvidorias e paróquias o programa comemorativo do próximo Ano Santo, que se articula na diocese com o laboratório da Esperança definido no Itinerário Pastoral do biénio 2023-2025
A diocese de Angra quer aproveitar a oportunidade da celebração do Jubileu da Esperança para “recuperar o sentido da fraternidade” e “restaurar a dimensão comunitária” da vida nos Açores.
“Procurando conciliar as dimensões espiritual, pastoral e celebrativa, tendo em conta as datas apresentadas já para o Ano Jubilar pelo Vaticano e adequando muitas delas à vivência própria dos ritmos celebrativos do nosso arquipélago, estimulando um verdadeiro diálogo entre a religião, a cultura e a sociedade, criamos um grupo de trabalho que executará um itinerário programático a iniciar-se com a abertura na diocese, no dia 29 de dezembro de 2024, do Jublieu da Esperança” afirma o bispo de Angra no preâmbulo do documento em que nomeia um Grupo Coordenador do Jubileu.
As celebrações do Jubileu convocado pelo Papa Francisco, integram-se no Laboratório da Esperança cuja realização consta do Itinerário Pastoral da Diocese no biénio de 2023-2025.
“O tempo presente representa uma oportunidade para nos reencontrarmos e melhor compreendermos o que significa ser comunidade, experimentarmos que todos estamos nas mãos uns dos outros e que a vida é feita de reconhecimento e dom, de respeito e de solidariedade, onde todos contam de igual modo e se juntam num sinal claro de esperança numa nova humanidade, testemunhas de vida e de esperança”, acrescenta ainda o prelado ao salientar que, depois de uma pandemia e de várias guerras, é tempo de devolver a esperança cristã à população açoriana.
“Queremos recuperar o sentido da fraternidade”, abrindo “os olhos às situações de pobreza, que envolvem milhões de crianças, homens e mulheres e que, infelizmente, persistem também de forma gritante na nossa região; à fragilidade daqueles que estão doentes ou privados da liberdade seja porque cometeram um crime ou porque se deixaram agarrar por falsos indutores de felicidade”.
O Jubileu da Esperança inicia-se em Roma no dia 24 de dezembro, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro e no dia 29 de dezembro em todas as dioceses com a criação de Igrejas Jubilares e termina a 6 de janeiro de 2026, dia da Epifania do Senhor, e será assinalado como um tempo de especial celebração e de peregrinação a Santuários e outras Igrejas Jubilares.
O Jubileu representou sempre na vida da Igreja um acontecimento de grande relevância espiritual, eclesial e social.
Desde que o primeiro Ano Santo foi instituído em 1300 pelo Papa Bonifácio VIII, a Igreja viveu sempre este tempo jubilar, agora assinalado a cada 25 anos, como um dom especial de graça, caracterizado pelo perdão e pela indulgência, expressão da misericórdia de Deus.
“Na Diocese de Angra e em união com a Igreja de Roma, convocamos todos os açorianos a tornarem-se Peregrinos da Esperança” exorta D. Armando Esteves Domingues ao pedir que todos devem participar nas celebrações deste Jubileu, “de forma individual ou em grupo nos diferentes jubileus internacionais agendados para Roma”, e “nas várias iniciativas locais que possam ser projetadas em cada paróquia ou ouvidoria”.
“Convidamos toda a Igreja insular a participar nas diferentes iniciativas que iremos levar a cabo no Programa Jubilar Diocesano, que envolverá todas as ilhas, também através de diferentes linguagens artísticas – música, teatro, dança, pintura e poesia – que traduzam o essencial da fé em Deus e da obediência à Sua vontade”, afirma ainda o prelado.
O Grupo Coordenador do Jubileu (GCJ) é um grupo de trabalho composto por representantes dos serviços diocesanos de Liturgia, Evangelização, Comunicação e Juventude e por representantes de algumas realidades eclesiais como o Instituto Católico de Cultura, os Santuários Diocesanos, o Conselho Pastoral Diocesano e movimentos juvenis.
É constituído no âmbito do laboratório da Esperança, um dos três laboratórios desenhados no Itinerário Pastoral para o biénio 2023-2025. Será composto pelos seguintes membros: padre Marco Luciano, padre Jacob Vasconcelos e padre Nelson Pereira, mons. José Constância e padre Marco Martinho, Gisela Baptista, Albano Gomes, Carmo Rodeia, Graça Amaral, Ana Paula Andrade e Ana Barcelos.