Bispo de Angra lembra que o verdadeiro perdão “não chega por decreto”

D. António de Sousa Braga preside à Missa dominical na Sé, com homenagem no final

O Evangelho deste domingo- o episódio da mulher adúltera- é “a melhor explicação sobre o que significa a misericórdia de Deus”, disse o Bispo de Angra na homilia da Missa a que presidiu na Sé, este domingo, dia diocesano do doente.

“Não é por decreto que Deus perdoa, mas sim por Amor” disse D. António de Sousa Braga sublinhando a importância de todos os cristãos “saberem perdoar mais do que condenar”.

“Jesus- neste episódio- nunca diz que o adultério não é pecado, mas não condena a mulher e isto mostra bem como a misericórdia vai para além da culpa; ela não se centra no pecado mas no pecador”, referiu o prelado.

Citando o papa Francisco na bula de proclamação do Jubileu da Misericórdia- Misericordiae Vultus- o bispo diocesano destaca que a misericórdia de Deus é “Amor”, que procura “ir ao encontro do outro, fazer-se próximo dele e entendê-lo”.

Por isso, conclui, neste ano da misericórdia, “seria bom que todos nos pudéssemos voltar para Deus e O pudéssemos imitar”, disse D. António de Sousa Braga confiantes de que “Ele nunca se cansa de perdoar nós é que nos cansamos de pedir perdão”.

“Um pouco de misericórdia torna o mundo mais justo, porque é ela que tece o caminho que une o coração a Deus, apesar dos nossos pecados” disse o Bispo de Angra lembrando que “hoje é tempo de misericórdia”.

“Uma pastoral da misericórdia tem de estar aberta e atenta ao que acontece à sua volta, deixando-se interpelar pelos problemas das pessoas concretas e é o que nós precisamos de fazer”, concluiu.

Na Missa dominical da Sé, à semelhança do que aconteceu em toda a igreja diocesana, por ser dia diocesano do doente, foi administrado o sacramento da Santa Unção, “um sinal visível da presença de Jesus”.

No final da Eucaristia, D. António de Sousa Braga foi convidado pelos Padres da Sé a descerrar um quadro com a sua fotografia , que está à entrada da sacristia da Catedral, e foi-lhe entregue uma lembrança que contém dois símbolos que o unem aos Açores: uma imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres e um símbolo do Divino Espírito Santo.

D.António de Sousa Braga completa na próxima terça feira 75 anos de idade e no dia 30 de junho, 20 anos de episcopado.

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