D. João lavrador veria com bons olhos a ida de uma congregação contemplativa para o Santuário
O bispo de Angra já desenvolveu contacto com duas congregações religiosas e está confiante numa solução para substituir as religiosas de Maria Imaculada, há mais de 60 anos no Convento da Esperança, e que este verão abandonarão os Açores.
“Tenho muita pena que estas irmãs saiam; fiz tudo para que isso não acontecesse mas percebemos as razões e temos de aceitar. A primeira tristeza é a minha porque a falta de vida religiosa é uma pobreza espiritual para uma diocese, para a Igreja em geral. Mas, deixo uma palavra de esperança, há já boas perspectivas: duas congregações que nos deram alguma esperança para podermos contar com elas para virem para os Açores”, referiu.
“Esperamos que estas diligências cheguem a bom termo e deixo um apelo para que qualquer outra que queira vir será sempre bem-vinda. Uma congregação contemplativa, por exemplo, seria muito interessante aqui para o Convento”., acrescentou em declarações ao programa Atlântida da RTP Açores.
D. João Lavrador elogiou, ainda, as várias “particularidades” da festas, entre elas, destacou “o silêncio e a seriedade” da devoção.
“Desde o inicio impressionou-me sempre a seriedade, o silêncio e a profundidade do olhar que se troca entre a imagem e o peregrino, o crente” referiu D. João Lavrador.
“O silêncio que se faz é todo um percurso de penitência; é uma festa que tem Jesus Cristo no centro, é o próprio filho de Deus que está no centro e este carácter cristológico dá-lhe uma importância única” acrescentou.
“Os tempos de hoje, com esta pandemia, com este vazio de espaço, dizem-nos que há qualquer coisa a mudar, a transformar… Todos estamos assoldados por este mar e todos temos de remar contra este mar tenebroso, unidos” referiu o prelado diocesano que amanhã presidirá à Missa do Senhor santo Cristo, com transmissão em direto pela RTP Açores e RTP Internacional e, também, em live streaming na página do facebook do Sítio Igreja Açores, a partir das 9h30 da manhã.