Bispo de Angra é o decano dos prelados diocesanos há mais tempo em funções
O Bispo de Angra é, no contexto dos prelados diocesanos, o que está há mais tempo em funções, desde 1996, e Angra lidera o conjunto de seis dioceses portuguesas que têm bispos há mais de 10 anos.
D. António de Sousa Braga parte esta sexta feira para Roma, integrando uma comitiva de cerca de 40 elementos, para realizar a sua terceira visita `ad limina´, ao Papa e às instituições da Santa Sé, a primeira desde novembro de 2007, ainda no pontificado de Bento XVI, que se inicia formalmente na segunda feira, dia 7.
É, de resto, um dos poucos bispos nacionais que realizou três visitas ad limina, atravessando os três últimos pontificados, com João Paulo II, Bento XVI e, agora, Francisco.
Em relação aos bispos residenciais, desde a última visita ‘ad Limina’ foram 12 as Dioceses (mais de metade) a contar com um novo bispo, incluindo Setúbal (D. José Ornelas vai ser ordenado e tomar posse a 25 de outubro); cinco dessas nomeações foram feitas já no pontificado do Papa Francisco.
Os últimos dados disponibilizados pelo Vaticano (Anuário Estatístico da Igreja, 2012, relativos a 31 de dezembro desse ano) permitem determinar um cenário de transformação na realidade das 21 dioceses, refere o Semanário Digital Ecclesia desta semana.
Entre o ano 2000 e 2012, o número de sacerdotes diocesanos baixou de 3159 para 2659 (menos 16%). A situação de 2012 mostra, no entanto, uma melhoria na variação do número de padres (menos 10) face a anos anteriores (menos 45 em 2011 e menos 68 em 2008); entre 2008 e 2012, as ordenações sacerdotais foram 178, face a 355 óbitos e 27 “defeções” registadas.
Apesar desta quebra no número de padres, a maioria das 4415 paróquias continua confiada à administração sacerdotal apenas 3 paróquias (0,07%) eram administradas pastoralmente em 2012 por diáconos, religiosas ou leigos, número que tem vindo a decrescer de forma consistente, refere ainda o Semanário Digital Ecclesia.
Os seminaristas de filosofia e teologia também são menos, segundo os últimos dados disponíveis: de 547, entre diocesanos e religiosos, em 2000 passou-se para 474 em 2012; este número é o máximo registado nos últimos cinco anos.
A celebração de Batismos também mostra uma redução significativa, mas esse dado deve ser lido à luz da variação do número de nascimentos em cada ano: em 2000 foram batizadas mais de 92 mil crianças com menos de 7 anos; em 2005, esse número ficou-se pelos 56 187. Os Batismos depois dos 7 anos representam, atualmente, cerca de 10% do total e chegaram, em 2012, aos 5776 (5938 em 2000).
Em Portugal, a percentagem de católicos registada pela Santa Sé é agora de 88,4% – 9,32 milhões de católicos para uma população de 10,54 milhões de pessoas, adianta ainda o Semanário Digital Ecclesia.
O nosso país tinha, no final de 2012, 941 padres de Institutos Religiosos, 330 diáconos permanentes (um número em crescimento), 262 religiosos e 5032 religiosas professas, conclui o Semanário Digital Ecclesia.
Esta é a “radiografia” do país. Nos Açores em 2012, 85,9% da população dizia-se católica; a diocese, composta por 165 paróquias, todas elas asseguradas por sacerdotes, possuía 76 sacerdotes não adscritos ao serviço paroquial; 133 religiosos; 23 candidatos ao sacerdócio, 23376 catequisandos e 2917 catequistas.