Bispo de Angra diz que votar é “ajudar o país a fazer escolhas”

D. António de Sousa Braga marca arranque do ano pastoral na Sé

Os cristãos como “cidadãos comprometidos e responsáveis não ficam em casa” disse esta manhã o Bispo de Angra na celebração a que presidiu na Catedral, em Angra do Heroísmo, e que marcou o arranque do novo ano pastoral na diocese.

“O Cristão tem de procurar ser um cidadão comprometido e responsável. Que procura dar o seu contributo para o bem comum, que é por definição, o bem de todos. Por isso, no dia das eleições- que se realizam hoje- não fica em casa”; “vai votar para ajudar o país a fazer as escolhas que se impõem para garantir o futuro”, disse D. António de Sousa Braga.

“A democracia tem os seus defeitos, mas não há outro sistema para fazer com que os cidadãos deem o seu contributo para o bem comum”, precisou lembrando que nas suas escolhas, o cristão “tem de se deixar guiar pela Doutrina Social da Igreja”.

Para o responsável da igreja açoriana os princípios da “subsidiariedade e da solidariedade devem ser respeitados pelas instituições”, que devem ter duas virtudes “a justiça e a caridade”.

O prelado diocesano aproveitou também o evangelho proclamado para dizer que “não faz sentido insistir na questão do ministério sacerdotal atribuído às mulheres”.

“O que interessa- diz D. António Braga- é que as mulheres ocupem o seu lugar na igreja, como mulheres” cuja dignidade “é igual á dos homens”.

De acordo com o Bispo de Angra foi, aliás, o cristianismo que “deu um salto de qualidade em relação ao mundo antigo que inferiorizava a mulher”.

“O que importa é dignificar o estatuto da mulher e não propriamente querer que a mulher faça o que faz o homem”, disse.

O Bispo de Angra presidiu à eucaristia dominical na Sé, marcando o arranque do ano pastoral que vai ser marcado por três questões: o ano santo da Misericórdia, a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima e a chegada do novo Bispo Coadjutor, que o substituirá em março quando completar 75 anos.

O prelado diocesano destaca a “preparação e a boa experiência pastoral” lembrando a mensagem de D. João Lavrador que “quer fazer caminho e aprender a riqueza humana e de fé de ser açoriano”.

Destacando a ligação do novo bispo coadjutor à mensagem de Fátima, por ter sido assistente espiritual no Carmelo de Santa Teresa, onde residia a Irmã Lúcia, D. António de Sousa Braga disse ser “uma graça para a diocese que acompanhe entre janeiro e fevereiro, a peregrinação da imagem de Nossa Senhora de Fátima”.

Aliás, repetindo uma ideia transversal às orientações diocesanas de pastoral, o Bispo de Angra insistiu que Nossa Senhora “é a Porta da Misericórdia” neste ano jubilar e a presença da imagem na diocese durante a quaresma “é um momento especial de graça”.

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