Bispo de Angra diz que o Ano Santo da Misericórdia “deve ajudar-nos a corrigir procedimentos”

D. António de Sousa Braga presidiu à dedicação da Igreja de São Bartolomeu da Silveira, no Pico

O Bispo de Angra, que presidiu à celebração da dedicação da Igreja de São Bartolomeu, na Silveira, na ilha do Pico, que se realizou este sábado, exortou os cristãos a olharem este Ano Santo como uma “oportunidade para rever e corrigir procedimentos”.

Insistindo na catequese que tem vindo a proferir sobre o significado do jubileu da Misericórdia, D. António de Sousa Braga lembrou, uma vez mais que “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai” e que ela “é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida”.

O prelado lembrou que este ano santo “tem determinados pressupostos” que exigem dos cristãos “uma atitude de oração, de reconciliação e de peregrinação” que deve ter como consequência a prática de obras de misericórdia. Lembrando as que estão elencadas no catecismo da Igreja, o Bispo de Angra insistiu na ideia de que “oportunidades não faltam” para concretizar estas obras, seja na família, nos vizinhos, nos amigos, ou nos simples desconhecidos porque “ser misericordioso é ter a capacidade de se compadecer com o outro independentemente de quem quer que seja”.

D.António de Sousa Braga presidiu à celebração da dedicação da Igreja de São Bartolomeu, no lugar da Silveira, na ilha açoriana do Pico, na qual participaram o clero da ilha bem como autoridades civis e militares e fiéis de várias partes da ilha montanha.

A animação litúrgica esteve a cargo de um Coro composto por elementos do Grupo Coral da Paróquia da Silveira e do Grupo Coral da Paróquia de Santa Bárbara das Ribeiras, sob a regência de Vasco Nuno Dutra Amaral.

A atual Igreja Paroquial de São Bartolomeu da Silveira foi construída entre 1878 e 1888. Ao longo destes 127 anos sofreu dois incêndios, que consumiram o retábulo da Capela Mor e algumas imagens, sendo o atual retábulo o antigo retábulo da Capela Mor da Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Angústias da cidade da Horta, Ilha do Faial, que foi oferecido a esta Paróquia.

Após o sismo de 1998, sofreu obras de beneficiação e conservação, mantendo sempre a sua traça original.

No início deste ano de 2016 e com o objetivo da Dedicação desta Igreja, foi colocado um novo Altar e um novo Ambão, em talha, condizente com os três retábulos existentes na igreja, que foram construídos na empresa Rocailhe, de António Manuel Tavares Hilário dos Remédios da Bretanha, Ilha de São Miguel.

A comunidade da Silveira foi elevada a Paróquia a 8 de Janeiro de 1957, desvinculando-se da Paróquia da Matriz da Santíssima Trindade das Lajes do Pico.

O pároco, Pe João Bettencourt das Neves, referiu-se ao momento da dedicação como um “marco de  maturidade como lugar sagrado, onde se continuarão a reunir os membros desta comunidade cristã da Silveira”.

“Na Dedicação destas mais que centenárias paredes, tenhamos em conta aqueles que as construíram e todos os que aqui alimentaram a sua fé e viveram o seu compromisso batismal, assim como aqueles que hoje dão vida e sentido à mensagem do Evangelho aqui proclamada, para que se consagrem sempre inteiramente a Deus”, disse ainda o sacerdote.

“Vivamos este momento, único na história da Silveira, com a maior satisfação e fé, para legarmos às novas gerações, um testemunho que mantenha acesa a luz de Cristo, nesta parcela da Diocese de Angra, seguindo o exemplo do nosso Padroeiro”, concluiu agradecendo a presença de D. António de Sousa Braga.

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