D. João Lavrador preside ao funeral do sacerdote que morreu esta manhã em Ponta Delgada
O bispo de Angra afirmou esta quarta feira que a morte de monsenhor Augusto Cabral é “uma perda enorme” para a diocese de Angra mas também para a igreja nacional.
“A morte de Monsenhor Augusto Cabral deixa uma lacuna e uma saudade de um grande homem e de um grande sacerdote que se empenhou de uma maneira impar na diocese seja em termos de igreja nacionais” afirmou D. João Lavrador ao Sítio Igreja Açores.
Para o prelado diocesano o ex reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo, que faleceu esta manhã no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, foi “um sacerdote que marcou sobretudo pela sua fé, mas era um homem de vasta cultura e de uma inteligência grande que com a sua perspicácia marcou, numa entrega total”.
O bispo de Angra lembrou os vários serviços prestados e a memória que deixou em todos eles como “um homem disponível”, mesmo na fase final da sua vida.
“Foi um homem que serviu a igreja diocesana mas também a igreja nacional” disse o prelado sublinhando que os últimos catecismos do primeiro ao décimo ano estiveram sob a sua orientação.
“ Foi um sacerdote que foi até ao fim um grande exemplo de alegria e sensibilidade e apesar do sofrimento nunca perdeu a alegria e a serenidade”.
“A mim ajudou-me muito como exemplo de fé” concluiu.
Já para o ouvidor de Ponta Delgada, Cónego José de Medeiros Constância, há três aspectos que “personificam 57 anos de sacerdócio”: “Vivência do seu sacerdócio na linha de uma grande disponibilidade para o serviço eclesial”; “o desprendimento dos bens materiais” e, finalmente “a sua capacidade de sofrimento e de integração desse sofrimento, sobretudo nos últimos tempos”.
Monsenhor Augusto Cabral não resistiu a um cancro que o levou nos últimos tempos a um abrandamento do serviço pastoral.
O seu funeral realiza-se amanhã pelas 10h00, na Igreja do Senhor Santo Cristo em Ponta Delgada e o seu corpo será depois transladado para a Fazenda do Nordeste, de onde era natural.