D. João Lavrador preside à primeira grande celebração da Semana Santa em Angra, o Domingo de Ramos
O bispo de Angra presidiu esta manhã à Missa de Domingo de Ramos na Sé de Angra e exortou os cristãos açorianos a serem próximos e amorosos com todos os que sofrem e que vivem a exclusão.
A partir da liturgia do Domingo de Ramos, a primeira grande celebração da Semana Santa, que este ano volta a poder ser celebrada com a presença de fieis, D. João Lavrador lembrou o sofrimento de Jesus, na sua morte e paixão, e o amor que ele revela ao deixar-se crucificar pela salvação da humanidade e pediu a todos os diocesanos para integrarem este exemplo oferecendo-se como dom.
“Este é o tempo para escutar a palavra, ao silêncio, à contemplação, ao reconhecimento de todos aqueles que hoje carregam a cruz do sofrimento, da exclusão e do desespero para aprendermos de Jesus de Nazaré o autêntico caminho do encontro, da proximidade, numa palavra, do amor” afirmou o prelado diocesano na homilia.
“O grito de Jesus na cruz não traduz a angústia dum desesperado, mas a oração do Filho que, por amor, oferece a sua vida ao Pai pela salvação de todos”, esclareceu.
“Este mistério de revelação profunda de Deus exige de nós entrarmos neste itinerário, esvaziarmo-nos dos nossos preconceitos e ideias já feitas, encetarmos um caminho de despojamento para humildemente aprendermos o único caminho verdadeiramente humano que é este que Jesus de Nazaré nos oferece” sublinhou ainda lembrando que todos os cristãos devem integrar o caminho da cruz, fazendo-se próximos de quem mais precisa.
É preciso “aceitar o caminho de solidariedade pessoal com os que sofrem, para carregar em si mesmo a ignominia do seu povo, para assumir as dores e as chagas de todos os excluídos, sem rosto, sem voz, sem pátria, sem dignidade e sem rosto humano” exortou.
O bispo de Angra irá presidir a partir de Quinta-feira a todas as celebrações do Tríduo Pascal na Sé de Angra.
Esta segunda e terça-feira, de forma descentralizada, primeiro em Ponta Delgada e depois na Horta, presidirá a duas missas com o clero local, onde todos farão uma renovação das promessas sacerdotais, rito próprio da Missa Crismal que habitualmente é celebrada na manhã de Quinta-feira Santa mas que muitas dioceses, como a de Angra, antecipam. Na Quarta-feira, será celebrada a Missa Crismal, às 20h00. Nesta celebração serão ainda benzidos os santos óleos que serão utilizados durante todo o ano.