190 legionários reuniram-se em congresso em Ponta Delgada.
O Bispo de Angra, que presidiu esta quinta feira aos trabalhos do Congresso Diocesano do movimento Legião de Maria, que se realizou em Ponta Delgada, afirmou que se trata de um dos movimentos “mais ativos e atuais” da Igreja, na promoção da “cultura do encontro”.
D. António de Sousa Braga, em declarações ao Portal da Diocese, não poupou elogios aos legionários “ que estão de serviço todos os dias” cumprindo ”com ternura e com misericórdia” aquilo que é a missão “de uma verdadeira igreja missionária”.
“É um movimento muito importante pelo número de pessoas que envolve e pelo trabalho que desenvolve” sublinha o prelado diocesano destacando a proximidade com a igreja local.
Para o Bispo de Angra o carisma dos legionários é “do mais atual” porque pressupõe uma cultura de encontro.
“A igreja mais do que uma instituição que funciona bem deve ser um hospital de campanha –como lembra Francisco- que está no meio das pessoas e a Legião de Maria cumpre, na íntegra, essa grande imagem quer pelo método de trabalho – todas as semanas os legionários têm de ir ao encontro das pessoas- quer pelo carisma que abraçam”, reconhece D. António de Sousa Braga.
“Nós não podemos ficar na sacristia à espera que nos procurem, temos de sair da sacristia e ir ao encontro de quem precisa”, conclui.
O bispo de Angra sublinhou, ainda, a implantação do movimento junto dos jovens e destacou o trabalho de formação e de compromisso que os legionários despertam neles, através da ação concreta.
O movimento tem uma forte presença em São Miguel e desenvolve um trabalho semanal de acordo com o carisma, promovendo várias ações no âmbito de quase todos os serviços pastorais como sejam a saúde, a família, as prisões ou o apoio à terceira idade.
“O nosso trabalho é de evangelização através de uma presença em todas as pastorais. Estar, agir e dar o amor de Maria às realidades concretas é a nossa missão” disse ao Portal da Diocese a presidente do movimento , Maria Luísa Silva.
“O que caracteriza um legionário é estar de serviço, não de si próprio ou de um projeto pessoal, mas estar ao serviço do outro ou dos outros, em fidelidade com o carisma e em comunhão com a Igreja diocesana”, conclui.
A Legião de Maria é uma das maiores organizações leigas do apostolado católico, fundada em Setembro de 1921, na Irlanda, que possui cerca de três milhões de membros em todo o mundo.
O objetivo dos legionários de Maria é servir a Igreja, sob a égide de Maria Imaculada, “lutando contra todas as formas de mal”.
Os legionários estão envolvidos essencialmente na execução de obras espirituais, no entanto concretizam-nas dando atenção aos outros.
“Uma pessoa que é legionária é-o em qualquer circunstância da sua vida, seja no trabalho, na vida familiar na relação com os amigos… é uma atitude que vem de dentro”, lembra Isabel Medeiros uma das legionárias mais antigas em São Miguel, sublinhando que “nunca é fácil concretizar ideais” mas “se cada um de nós mudar um bocadinho de acordo com aquilo que Maria nos pede, seremos capazes de tocar os outros”.
Humildade, obediência e compromisso são três palavras chave deste movimento, assente “numa forte espiritualidade”.
“A nossa formação tem por base a sagrada escritura e é ela que dá a sustentabilidade própria à nossa ação em todas as ações que nos são pedidas durante a semana”, disse ao Portal da Diocese o assistente espiritual do movimento Pe Maximino Medeiros.
O acompanhamento e a direção espiritual neste movimento é uma “necessidade permanente” reconhecem os legionários que todas as semanas promovem reuniões de “avaliação” do seu trabalho e desempenho e definem novas ações.
“Estamos sempre de serviço” e a Diocese sabe “que pode contar connosco”, conclui a responsável pelo movimento.
O congresso da Legião de Maria, decidiu as orientações do movimento nos Açores para os próximos dois anos e os trabalhos foram presididos pelo Bispo de Angra .
O congresso que teve como tema “Com Maria comunicar o Amor”, abrangeu a área do Conselho Diocesano pelo que participaram membros de todas as Curia de S. Miguel, dois membros da Cúria do Faial (o Diretor Espiritual da Curia e um leigo) e outros dois da Curia da Terceira. Além das pessoas diretamente ligadas ao movimento a nível diocesano participaram, também, 10 sacerdotes que têm acompanhado com alguma proximidade a caminhada legionária, bem como dois membros do Senatus (Conselho Nacional), num total de 190 participantes, 36 dos quais da Cúria Juvenil.
O congresso começou às 9h00 com o acolhimento e um momento de oração e, durante os trabalhos, foram apresentadas três comunicações – “Com Maria comunicar o Amor”, “Serviço Legionário, uma tocha de Amor” e “A Legião de Maria, um desafio para os jovens” – seguindo-se reflexões sobre as apresentações.
Os trabalhos terminaram com uma Eucaristia, presidida pelo Bispo de Angra.