“A Igreja em diálogo com o mundo” é lançado este sábado no polivalente dos Flamengos
O polivalente dos Flamengos, na ilha do Faial, vai acolher este sábado, a partir das 20h30 o lançamento do livro “A Igreja em diálogo com o mundo”, da autoria do Bispo de Angra.
O sarau músico-literário integra-se no programa cultural associado às celebrações de inauguração e dedicação da nova igreja faialense dos Flamengos e contará com a participação do “Grupo Sementinhas” da catequese dos Flamengos e, ainda, de um momento musical com o Coral de Santa Catarina.
O livro, apresentado pela jornalista Carmo Rodeia, reúne crónicas do Bispo de Angra publicadas no jornal Voz Portucalense e é, segundo o autor, uma forma de se dar a conhecer aos diocesanos dos Açores.
Nesta obra “reencontramo-nos com o seu pensamento, a sua reflexão e a sua intervenção, nascidos a partir do coração da Igreja e dos ensinamentos do seu magistério”, refere no prefácio o Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos.
Os textos agora publicados estão agrupados em sete capítulos que “aprofundam e reflexão sobre a relação da Igreja com a cultura, a urgência da justiça e da paz, o imperativo do testemunho da Alegria do Evangelho, a importância pastoral da renovação das nossas comunidades, a abertura da comunidade aos ministérios e os novos âmbitos educativos que constituem vanguardas de missão, como sejam a família e a escola”, escreve, ainda o prelado.
Aqui “encontramo-nos com os acontecimentos da Igreja” que nos convidam a uma leitura “situada, atenta e interventiva” em comunhão com os últimos papas desde João XXIII a Francisco. Igualmente presente e transversal a todos os textos está o Concílio Vaticano II e a Doutrina Social da Igreja, “como manancial inesgotável do ensinamento e da vida”, acrescenta ainda D. António Francisco dos Santos, de quem D. João Lavrador foi Bispo Auxiliar.
“A intenção do autor não é académica nem apenas jornalística. Preside à elaboração dos textos o desejo de ajudar o leitor a ser protagonista da evangelização mais do que seu destinatário; interventor de um mundo em mudança mais do que recetor da mudança do mundo, comprometido com a missão da igreja mais do que espetador passivo do que diariamente acontece”, conclui.
Um livro que segundo o Bispo do Porto traz à memória as marcas da presença de D. João Lavrador na diocese da invicta mas que constitui também “um pórtico que se abre a todos os açorianos” porque as “palavras espelham-lhe o coração, desvelam-lhe a alma e revelam-lhe o pensamento”.
Na introdução D. João Lavrador diz que este é também um contributo para “se ler o mundo” através de um diálogo da igreja com ele.
Inspirado pelo Concílio Vaticano II e por São João Paulo II, a quem recorre com frequência, para justificar a importância e responsabilidade dos Meios de Comunicação Social, particularmente os de inspiração cristã, na formação da Opinião Publica, o livro está dividido em sete partes. A primeira reúne a reflexão á volta do Evangelho e da cultura; a segunda realça a promoção da justiça e da paz; a terceira sublinha o testemunho da Alegria do Evangelho; a quarta resume o tema da promoção e renovação comunitária; a quinta é sobre a comunidade e os ministérios; a sexta evoca contextos formativos como a família e a escola e por último, a sétima parte, é um texto sobre Maria de Nazaré, Maria de Jesus Cristo e Mãe da Igreja.
Na introdução da obra, D. João Lavrador lembra ao que vem: apresentar o resultado de uma colaboração que fez “com gosto, como desafio e prova do apreço pessoal pelo trabalho dos jornalistas” na “edificação da opinião pública e na promoção de uma cultura que seja digna da pessoa humana e dos valores que darão consistência à harmonia social”.
Recordo que o livro foi lançado pela primeira vez no dia 22 de novembro por ocasião de uma homenagem levada a cabo pela Diocese do Porto e depois teve apresentações públicas em Angra e em Ponta Delgada, em janeiro.