D. João Lavrador falou aos diocesanos numa mensagem na RTP Açores no dia de Natal
O bispo de Angra, D. João Lavrador, dirigiu-se hoje a todos os diocesanos através da RTP Açores e, na sua mensagem de Natal, exortou o poder político e as instituições sociais a serem capazes de criar condições para que todos possam saborear a dignidade humana.
“Temos de ser capazes de construir uma sociedade em que cada um sinta que afinal é do despojamento de si próprio, a exemplo de Jesus, que conseguimos construir a paz, a justiça e ajudamos cada ser humano a ter o direito ao salário, ao trabalho digno, a cuidados de saúde eficazes, no fundo, a uma vida com uma nova humanidade”, disse o prelado diocesano.
“Quando 32% das pessoas vivem em risco de pobreza temos de dizer que é uma vergonha, quer para quem tem responsabilidades políticas quer para quem tem responsabilidades ao nível da intervenção social”, acrescentou retomando o tema central da sua mensagem de Natal enviada a todas as paróquias.
D.João Lavrador recordou, de resto, que esta “nova humanidade” a que nos convoca o presépio e o encontro com o Deus que se fez menino, só se alcança se todos tiverem “condições de saborear a dignidade humana e o bem estar digno de todo o ser humano”.
O prelado, que tal como o bispo da Madeira e o Cardeal Patriarca de Lisboa, tem oportunidade para dirigir uma mensagem a todos os cristãos através do canal publico de televisão desejou aos que “residem nos Açores ou estão na diáspora”, um Feliz Natal esperando que consigam contribuir para que as situações que “continuam a denegrir e a ofuscar a verdadeira alegria de Natal” possam ser ultrapassadas para “o bem de todos, sobretudo dos mais frágeis”
“Deixo este convite: junto do presépio reconheçam O que vem ao nosso encontro e que vem ajudar-nos a reconhecer que em cada ser humano existe uma força que pode ser potenciada”, disse.
“Caminhemos todos com esforço e com coragem”, rematou numa mensagem que demorou cerca de 10 minutos.
O bispo de Angra este Natal presidiu às celebrações de Natal em Ponta Delgada, na Igreja Matriz de São Sebastião, a onde regressou três anos depois.