Bispo de Angra agradece aos “cristãos e amigos” das Flores o acolhimento durante a visita pastoral que se tornou numa “espécie de laboratório da sinodalidade”

“Vi a alegria de leigos a assumirem os ministérios e tarefas comunitárias com a felicidade estampada no rosto. A esperança renasce e nunca nos desiludirá!”- D. Armando Esteves Domingues

Foto: Igreja Açores/CR

O bispo de Angra enviou esta quarta-feira uma carta de agradecimento aos “cristãos e amigos” da ilha das Flores sublinhando que a visita pastoral, que realizou à ouvidoria na passada semana, foi uma espécie de `laboratório de sinodalidade´.

“Foi um percurso de dez dias que se tornou uma espécie de `laboratório de sinodalidade´ com o Conselho Pastoral como dinamizador. Reunimos no início para “partirmos juntos”, escreve D. Armando Esteves Domingues, lembrando as partilhas feitas durante os vários encontros entre bispo, padres, leigos e leigas como sinal da disponibilidade para perceber como ser Igreja Sinodal Missionária e construir paróquias sinodais com a participação de todos os batizados.

“Decidimos viver juntos estes dez dias para discernir rumos novos e olhar para os de antes com uma luz nova. Voltámos a reunir no final para avaliar e assumir compromissos para os anos próximos, em que se espera que a Ouvidoria se transforme numa comunidade de comunidades, com serviços comuns e partilhados corresponsavelmente por leigos e padres” assinala.

“Percebemos que viver a sinodalidade não é apenas usar o método de ouvir e dialogar inspirados pelo Espírito Santo, mas encontrar formas concretas de a encarnar na vida das paróquias, com a participação responsável dos leigos nas decisões sobre os caminhos a seguir” frisa ainda numa carta onde destaca “dias de graça” , em que se sentiu “a presença do Espírito Santo.

“Tive o privilégio de conhecer algumas centenas de pessoas, muitas delas pelo próprio nome, reunindo-nos, seja nas Celebrações Litúrgicas ou momentos de oração pela paz, dialogando nos Conselhos Pastorais e Económicos ou em encontros pessoais, partilhando refeições em clima de fraternidade ou momentos de convívio”, refere ainda.

“Agradeço a todos os que trabalharam para animar estas refeições e convívios, bem como às Irmandades do Espírito Santo que nos acolheram. A alegria reinante era prova de que, abrindo-nos uns aos outros – bispo, padres e leigos – só podem nascer comunidades abertas e felizes, porque constituídas por cristãos conscientes da sua missão de levar o Evangelho ao mundo e tornar a Igreja relevante nos ambientes concretos onde os irmãos vivem e sofrem”, escreve ainda lembrando que “este é o primordial papel dos leigos: tornar Cristo presente nos ambientes”.

De resto, o prelado ao concluir a primeira visita pastoral do seu episcopado, não deixa de recordar o compromisso assumido por todos no final : “os diversos setores serão, pouco a pouco, coordenados por leigos em estreita colaboração com os párocos que sempre os acompanharão”.

“Vi a alegria de leigos a assumirem os ministérios e tarefas comunitárias com a felicidade estampada no rosto. A esperança renasce e nunca nos desiludirá!” escreve deixando um convite a todos a “percorrer com confiança esta nova etapa que pretendo ir avaliar convosco mais à frente e peço a Deus que a todos encha dos Seus dons e bênçãos do céu”.

D.Armando Esteves Domingues despede-se com um “Obrigado a todos, especialmente ao Conselho Pastoral da Ouvidoria. Até breve!”.

A próxima visita pastoral decorrerá entre 7 e 14 de dezembro, em São Jorge, uma ilha com 7 paróquias e cinco curatos (quase paróquias). Em território é uma das ilhas mais extensas do arquipélago , com uma população diminuta, muito dispersa e ligada ás tradições das suas comunidades.

 

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